O câmpus Toledo da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) abriu as portas à comunidade na noite desta quarta-feira (25) para uma iniciativa que alia conscientização ambiental, integração acadêmica e responsabilidade social: uma coleta de lixo eletrônico realizada como parte da programação do Junho Verde. A ação contou com o apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) e teve como destino final dos itens arrecadados para a Associação dos Catadores de Recicláveis de Toledo (Acatol).
Em meio ao clima festivo do “PP Mix”, evento organizado pelo curso de Publicidade e Propaganda da instituição, estudantes, familiares e moradores da região compareceram ao câmpus levando equipamentos eletroeletrônicos sem uso.
Foram entregues computadores, monitores, baterias, celulares, pilhas e uma série de periféricos que já não funcionavam mais.
Antes da coleta, houve um trabalho de mobilização interna, no qual os alunos foram incentivados a separar e trazer os materiais para descarte consciente. O ponto de entrega foi o contêiner conhecido como “amarelinho”, normalmente instalado na área central da cidade e cedido especialmente para esta ação pela SMMA.
A coordenadora administrativa do câmpus Toledo da FAG, Maristela Bendo, explica que a coleta de lixo eletrônico foi integrada a um evento acadêmico que atrai alunos e moradores da região. “Os estudantes, além da entrega de resíduos, se organizaram para distribuir mudas de árvores, orientar as pessoas sobre coleta seletiva e informar onde estão os pontos de descarte correto do lixo reciclável e eletrônico”, observa a coordenadora administrativa do câmpus Toledo da FAG, Maristela Bendo.
A atividade contou também com a participação de aproximadamente 90 acadêmicos de Administração, na modalidade ensino a distância (EAD). “É uma atividade da disciplina Proex [projeto de extensão], na qual temos que fazer ações voltadas para comunidade e uma dessas ações é o recolhimento para o descarte correto de materiais eletrônicos que já não funcionam mais. Cada pessoa que trouxe estes equipamentos recebeu, em troca, uma muda de árvore nativa da nossa região, atendendo os interesses da comunidade e da sustentabilidade”, explica a estudante do 7º período, Luciana Menegazzi.
Junho Verde – A atividade integrou o conjunto de ações do Junho Verde, campanha que marca o mês do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, e reforçou o papel das instituições de ensino superior como agentes de transformação local, ao conectar educação ambiental com práticas sustentáveis que envolvem a sociedade como um todo.
A coordenadora de Unidades de Valorização de Recicláveis (UVRs) e Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Graziella Gobbato, destaca que a coleta realizada no câmpus Toledo da FAG vai além do descarte correto de resíduos eletrônicos: ela é também um instrumento de sensibilização da comunidade. “Estamos fazendo uma coleta grande de lixo eletrônico e, ao mesmo tempo, fazendo a educação ambiental. Por isso, é fundamental que as pessoas compreendam seu papel nesse processo, conscientizando a população de que não basta apenas colocar o lixo no ‘amarelinho’; é preciso separar, limpar e acondicionar corretamente os materiais”, observa.
Graziella também ressalta que pequenas atitudes individuais podem gerar grandes impactos coletivos, especialmente quando há articulação entre o poder público, instituições de ensino e a sociedade civil. “Eventos como esse ajudam a ampliar a consciência ambiental. A FAG, com esse trabalho que está desenvolvendo, certamente fará melhorar muito a conscientização da comunidade acadêmica”, avalia.
Para o coordenador pedagógico da FAG/Toledo, Ney Arboleya, iniciativas como a coleta de lixo eletrônico reforçam o compromisso da educação superior com temas relevantes da atualidade. “A questão do meio ambiente é um tema transversal contemporâneo que perpassa a ação de todos os cursos do ensino superior. E o mês de junho, marcado pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, é uma oportunidade estratégica para intensificar essa abordagem. As ações devem acontecer o ano todo, mas o Junho Verde nos ajuda a reforçar a importância da temática também no ensino superior”, analisa.