Diretamente impactada pela reforma administrativa implementada a partir do início de 2022, a Ouvidoria-Geral do Município (OGM) foi reestruturada e viu, a partir disso, seus índices saltarem para 92%, três pontos percentuais acima do registrado em 2021. Este foi um entre os vários assuntos da série de entrevistas “Papo de Gabinete” em que o prefeito Beto Lunitti conversou com o responsável pelo setor, Gênelle Krambeck.
O diálogo, transmitido pela página da Prefeitura de Toledo no Facebook, começou com o chefe do Executivo Municipal explicando as funções da OGM. “Esse órgão serve como ponte entre o poder público e a população, que pode apresentar suas demandas de forma presencial ou sem sair de casa, seja via aplicativo, site, WhatsApp ou telefone 156. É a Ouvidoria que recebe os protocolos e os direciona para quem for responsável por resolver o problema apresentado, seja um órgão municipal ou de outra esfera. Às vezes, até mesmo pessoas físicas e jurídicas de direito privado”, pontua.
Gênelle destacou que o trabalho da OGM conta com a supervisão do Controle Interno, contribuindo para o governo municipal obter diversos avanços na área de governança, representados pelo Índice de Transparência da Administração Pública (ITP), do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) de 99,43%, a terceira melhor nota do estado. “Esse resultado é fruto do esforço de servidores de diversas secretarias e com apoio intenso do Gabinete do Prefeito. A nossa parte está sendo feita na forma de oferecer respostas claras e no menor tempo possível às pessoas e empresas que nos demandam”, observa o ouvidor-geral do município.
O prefeito entende que o amor que a população de Toledo tem pela sua terra torna o trabalho da Ouvidoria e demais órgãos municipais ainda mais desafiador. “Pesquisa interna da agremiação política na qual estou filiado mostra que 95% dos moradores amam este lugar. Portanto, o nível de exigência destas pessoas para com o poder público é muito maior. É por isso que, em cada reunião semanal com o secretariado, nas manhãs de segunda-feira, cobro resultados de cada participante, pois nosso contribuinte cobra sempre o melhor de nós”, relata. “Para oferecer ao nosso cidadão o melhor atendimento possível, reitero a decisão de, ainda no primeiro trimestre, transferir as atividades da Ouvidoria para o Palácio do Consumidor, prédio inaugurado recentemente onde já funciona o Procon. Será um espaço mais amplo, que oferece mais privacidade às pessoas que precisarem ser ouvidas. Mesmo aquelas que não escutam, poderão receber um atendimento de alto nível da Central de Libras. Falando em acessibilidade, conversamos com a Viação Sorriso para incluir aquele entorno no itinerário de alguma linha, e a empresa prontamente nos atendeu”, anuncia.
Gênelle aproveitou a oportunidade de detalhar o processo que se inicia com a abertura do protocolo até o atendimento (ou não) da demanda apresentada. “Sempre que nos chega um pleito, a gente o encaminha ao setor responsável, que fará uma análise criteriosa no menor tempo possível, mas sem precipitação, para evitar prejuízos ao poder público e a particulares. No caso das podas de árvores, por exemplo, nada é feito sem consultar a Secretaria de Meio Ambiente. Outra questão recorrente no nosso dia a dia diz respeito à iluminação pública, mas em breve, por intermédio da parceria público-privada (PPP) à qual o município aderiu, o número de queixas relacionadas ao assunto diminuirá”, comenta.
Neste momento, Beto tocou em outro assunto fundamental em termos de zeladoria urbana: qualidade da pavimentação de ruas e avenidas de bairros e distritos. “Estamos implementando o maior programa de recape da nossa história e é importante que o morador nos diga se o asfalto em frente de casa está bom. Se não estiver, peço para que abra um protocolo para que a administração municipal tome conhecimento do problema e possa planejar uma solução”, explica.
Por fim, o ouvidor-geral do município reforçou a necessidade de a população utilizar os meios corretos para elogiar, criticar, solicitar e sugerir ao município. “O lugar para isso não são os grupos de redes sociais, mas, sim, o telefone 156, o Whats, o aplicativo, o site da Ouvidoria”, sublinha. “Entendo que o cidadão ou cidadã até pode expressar seu descontentamento nas redes sociais, mas, sem nos oficiar da forma correta, não tem como conseguirmos ajudar a resolver o problema”, complementa o prefeito.