Parceira da Prefeitura de Toledo desde 2015, a Sociedade Garantidora de Crédito do Oeste do Paraná (SGC/Garantioeste) agora se chama Garanticoop e os executivos da empresa estiveram na manhã desta terça-feira (11) na Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito para apresentar os resultados referentes a operações de crédito realizadas a partir do aporte de R$ 1,125 milhão. Estes recursos compõem um fundo de aval com o qual é possível conceder financiamentos (limitados a R$ 25 mil por CNPJ) em favor de micro, pequenas e médias empresas, além de agricultores familiares, e jovens e mulheres atendidos por programas de fomento ao empreendedorismo.
Considerando que o aporte já rendeu R$ 275.577,53 de juros e que cada R$ 1,00 repassado à Garanticoop é multiplicado por oito, existem R$ 11.204.620,24 de crédito barato na economia local. Deste total, R$ 6.035.756,34 (53,87% do total) já foram concedidos em 349 operações (média de 17.294,43 por ticket) desde quando sociedade garantidora e município ampliaram a parceria.
Estas operações são realizadas por instituições conveniadas à Garanticoop, que oferecem empréstimos com juros menores e prazos maiores do que os praticados pelo sistema bancário tradicional, o que se traduz no baixo índice de inadimplência (1,27%). Falando ainda em juros, os realizados por meio da sociedade garantidora de crédito com aval da Prefeitura de Toledo foram 44,38% menores: R$ 1.351.004,55 (taxa média de 1,45% ao mês), valor R$ 1.078.158,72 menor do valor que seria cobrado por instituições financeiras não conveniadas (R$ 2.429.163,27), que cobram uma média de 2,5% ao mês.
Os critérios para a concessão de financiamento estão regulamentados pela Lei “R” nº 9/2021, a qual determina quem são os públicos favorecidos com este crédito, que pode ser utilizado para reestruturação de capital de giro e investimentos. “Só temos a agradecer à Garanticoop pela parceria, pelo trabalho de ampliar o acesso das empresas de pequeno e médio porte ao crédito barato. Estamos dispostos a manter e, se possível, dentro da legalidade e com a anuência do Legislativo, ampliar essa iniciativa”, comenta o vice-prefeito Ademar Dorfschmidt, que falou também em nome do prefeito Beto Lunitti, ausente na reunião por estar cumprindo agendas oficiais em Brasília.
A explanação foi coordenada pelo diretor-presidente e pelo diretor-executivo da Garanticoop, Danilo Gass e Odanir Guerra, respectivamente, e acompanhada de perto pelos vereadores Beto Scain e Marcelo Marques e pelo promotor da 2ª Promotoria de Justiça da comarca local, José Roberto Moreira. “Nenhum centavo envolvido nestas operações é nosso. É tudo das prefeituras e entidades com as quais firmamos convênio e cabe a nós fazer a gestão destes recursos. O foco do nosso trabalho são os pequenos e médios empresários, público que mais necessita de socorro na atual conjuntura econômica, com os marketplaces (lojas eletrônicas que comercializam produtos via internet), alguns estrangeiros, concorrendo de forma praticamente desleal. As coisas estão mudando muito rápido e temos que inovar na maneira de socorrer essas empresas e os empregos que elas geram”, comenta Danilo. “Contudo, não somos uma instituição de caridade e precisamos observar a capacidade de pagamento da empresa que precisa do financiamento. Seguimos as recomendações do Banco Central e exigimos ‘nome limpo’ e garantias para sermos os intermediadores do aval”, pondera Odanir.
O secretário do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Diego Bonaldo, acrescenta que as operações de crédito que utilizam o fundo de aval composto por aportes feitos pelo governo municipal são realizadas com risco mínimo ao erário. “Todo este dinheiro fica numa conta da própria prefeitura e o saldo só é subtraído se algum tomador ficar inadimplente, o que aconteceu com pouca frequência, pois quem precisa do microcrédito tem um zelo ainda maior pelo seu nome”, observa.