O Dia Nacional do Circo é comemorado sempre no dia 27 de março. A data é em homenagem ao palhaço Abelardo Pinto, conhecido como o palhaço Piolin. Reconhecido como um dos grandes palhaços que já atuaram nos circos brasileiros na primeira metade do século XX, Piolin fez muito sucesso, principalmente na década de 1920.
Circo da Alegria - Para marcar a data, o picadeiro do Circo da Alegria, anexo à Escola Municipal Anita Garibaldi, será palco nesta quarta-feira (27) de um grande Cabaré Circense a partir das 20h. Serão apresentados números de alta performance do Nível III da equipe de rendimento do Circo da Alegria, sob a direção de Paula Bombonatto. Os artistas circenses do Circo Ático integrarão o elenco do cabaré como convidados. A participação deles é uma contrapartida da Lei Paulo Gustavo, a qual foram contemplados em 2023.
A coordenadora artística do evento, Paula Bombonatto, salienta que os números foram escolhidos com muito carinho, levando em consideração a qualidade artística. Ela destaca ainda que, desta vez, não teremos no cabaré a apresentação dos alunos da iniciação. “Este momento serve para que eles vejam os números de alto nível e aprendam com os colegas mais velhos. Tenho a certeza de que o público irá se encantar com a riqueza deste trabalho que estamos organizando para esta data tão especial para o circo”, reforça Paula.
Curiosidade sobre um Cabaré Circense - Quando se fala em cabaré logo vem à mente os cabarés populares conhecidos no senso comum como “bares noturnos frequentados por homens adultos”. Diferente desta realidade, o cabaré circense é uma tradição milenar e faz parte do universo do circo. Ainda sobre a palavra cabaré, o conceito utilizado pelo Circo da Alegria é definido pela professora doutora Erminia Silva em seu artigo científico “Histórias do aqui e agora: Cabaré e Teatralidade Circense” onde a autora apresenta que um cabaré circense é “a organização de um espetáculo ou espetáculos que contenham uma diversidade de números artísticos, reunindo, além do próprio grupo ou escola, organizadores do evento, também convidados externos a eles”.
Circo da Magia - O Dia do Circo será comemorado durante o dia na Escola Municipal Waldyr Luiz Becker. Os alunos do Nível II do Circo da Magia prepararam uma apresentação especial para os demais alunos da escola. Serão números de acrobacias, malabarismo, contorcionismo, palhaço, equilibrismo e números aéreos. Pela manhã a apresentação começa às 8h e no período da tarde, às 14h. Além do Dia Nacional do Circo, o espetáculo também contempla as comemorações da Páscoa.
O coordenador do Circo da Magia, Ademir Iung, lembra que este ano o Circo da Magia completa nove anos no dia 17 de dezembro e reforça a importância de comemorar o Dia do Circo. “É a valorização da nossa história, lembramos do [palhaço] Piolin como referência, mas também da nossa origem até a chegada ao Circo da Magia. Nosso lema diz muito sobre o que desejamos para nossos alunos e as pessoas à nossa volta - A magia do circo está na capacidade de levar a alegria e emoção para quem participa e por onde passa. Essa é a nossa missão”, frisa Iung.
O Circo da Alegria atende 110 alunos e o Circo da Magia atende aproximadamente 150 alunos nas aulas de circo.
Concurso - Outra atividade realizada pelo Circo da Alegria para marcar o Dia do Circo é a décima edição do concurso de “Desenho, Frases e Redação” com a temática voltada para o circo. Esse concurso foi interrompido há alguns anos e retomado em 2024, pois a coordenadora Paula Bombonatto vai trabalhar o tema literatura esse ano com os alunos.
O concurso envolve os alunos da Escola Anita Garibaldi e tem temas específicos para cada ano escolar. Os primeiros anos vão desenhar picadeiro; os segundos anos, palhaço; terceiros, malabares; os quartos anos, aéreos; o quinto ano, pirâmide; e o pessoal do Circo da Alegria, Nível I desenha mágica; nível II e III, contorção e acrobacias.
Circo da Alegria participa de festival de circo na cidade de Maringá
Integrantes do Circo da Alegria participaram no último final de semana do Festival de Circo Cirqueringá, realizado na cidade de Maringá por meio do Prêmio Aniceto Matti e produção da Cirquerium. O grupo toledano desenvolveu diversas ações durante o festival, entre elas, uma mesa de debates realizada na sexta-feira (22) com o tema “O Circo na Escola: A Educação e a Arte na Educação Básica”, onde os coordenadores do Circo da Alegria, Dado Guerra e Paula Bombonatto, falaram da experiência desenvolvida em Toledo ao longo dos mais de 32 anos de atuação do projeto.
No sábado (23) o Circo da Alegria realizou uma apresentação do show “O Circo no Velho Oeste” no Teatro Barracão. O espetáculo foi prestigiado com lotação máxima do espaço e uma performance memorável. O Teatro Barracão é todo construído em madeira, proporcionando um cenário perfeito para “O Circo no Velho Oeste”.
Já no domingo (24), Paula Bombonatto, que é a coordenadora pedagógica do Circo da Alegria, ministrou no evento uma oficina de “Acrobacias de Solo” para os participantes de diversos estados brasileiros. “Foi muito válida essa experiência, uma vez que trabalhamos com diversos níveis de conhecimento das acrobacias e também com um público de várias idades, sendo a sua maioria adultos, diferente do meu público atual, que são as crianças e adolescentes. O resultado que tivemos foram os melhores possíveis, uma vez que entendemos que a base de tudo está nas progressões pedagógicas nos educativos das atividades e isso serve tanto para as crianças, quanto para os adultos. Foi um momento único e muito bom compartilhar e ao mesmo tempo aprender. Essa é uma das possibilidades dos festivais de circo”, relata.
Os alunos do Circo da Alegria também puderam ampliar os seus conhecimentos com outros profissionais do circo brasileiro, uma vez que os mesmos puderam participar das oficinas de: Palhaço – Comicidade Popular, ministrada pelo grupo Rosa dos Ventos de Presidente Prudente/SP; oficina de mão-a-mão, ministrada pela Cia Bravata de Curitiba; da oficina de Duo Tecido,ministrada pela Cirqueridum de Maringá; da oficina de Pizza Acrobática, pela Associação Londrinense de Circo. “Essas oficinas possibilitam que os alunos tenham contato com técnicas diferentes e assim estes podem se aprofundar ainda mais no fazer circense”.