Representando 13 comunidades do interior, cerca de 500 mulheres tiveram uma quinta-feira especial com as atividades culturais, ambientais e recreativas do 11º Encontro de Trabalhadoras Rurais de Toledo. O evento, organizado pela Coordenadoria de Políticas para Mulheres, da Secretaria de Políticas para Infância, Juventude, Mulher, Família e Desenvolvimento Humano (SMDH), em parceria com o Sindicato Rural de Toledo e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), foi realizado na sede da Sociedade Esportiva Cultural e Recreativa Ipiranga (Seculeri), que abrigou uma feira com produtos e serviços dos segmentos beleza, decoração e artesanato comandado por empreendedoras.
Após a recepção aos visitantes, confirmação de inscrições e café da manhã, foi realizada a solenidade de abertura (com falas sendo traduzidas para a Língua Brasileira de Sinais [Libras] por intérprete da Central de Libras) e a entrada das comunidades de Bangu, Bom Princípio do Oeste, Cerro da Lola, Linha Dois Marcos, Linha Gramado, Linha Sanga Guarani, Linha São Paulo, Linha Sol Nascente, Novo Sarandi, Ouro Preto, São Luiz do Oeste, Vila Ipiranga e Vila Nova. Em seguida, houve gincana com suporte de servidores da Secretaria de Esportes e Lazer (Smel), apresentações culturais de moradoras de Vila Ipiranga e da Escola Dum Takata (dança do ventre), sorteio de brindes e, para concluir as atividades do período da manhã, foi servido um delicioso almoço que, a exemplo do café da manhã, foi preparado pela Unidade Central de Produção de Alimentos, a Cozinha Social.
À tarde, foi a vez do grupo Nippon Daiko, da Associação Cultural e Esportiva de Toledo (Ceato), estrelar o momento cultural. Em seguida, houve apresentações culturais e premiação às comunidades que se destacaram na atividade antecipada, iniciada há dois meses, que consistia em recolher e destinar materiais recicláveis e eletrônicos para a Associação de Catadores de Recicláveis de Toledo (Acatol), que arrecadou R$ 10 mil com a venda destes itens cujo peso total foi de 6.137 quilos recolhidos.
Esta prova valeu para a gincana, que foi vencida por Vila Ipiranga, com 3.941 pontos. Em seguida, aparecem São Luiz do Oeste (2.063), Linha Sol Nascente (1.965) e Linha São Paulo (1.831).
Outro ponto importante da festa foi a escolha da comunidade que sediará o 12º Encontro de Trabalhadoras Rurais de Toledo. Em 2024, o evento será organizado pela comunidade Bangu e realizado na Associação Comunitária de Xaxim.
Abertura – Autoridades e lideranças políticas e comunitárias prestigiaram o evento. Algumas delas estavam na mesa de honra da abertura: o vice-prefeito Ademar Dorfschmidt, que representou o prefeito Beto Lunitti; os vereadores Mary Zanete, Olinda Fiorentin e Geraldo Weisheimer; os secretários Rosiany Favareto (SMDH), Cristian Goldoni (Segurança e Mobilidade Urbana) e Junior Henrique Pinto (Meio Ambiente); os presidentes do Sindicato Rural de Toledo e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Toledo, Nelson Gafuri e Genuir Nodari, respectivamente; pelas coordenadoras de Políticas para Mulheres da SMDH (Adriane Lenice Genari Dias) e Coordenadora da Central de Valorização de Resíduos e Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Maria Luiza Veronese); e pelas representantes do CMDM (Ilena Lucia Barella Campos) e da comunidade de Vila Ipiranga (Cleusa Boufleuer Klassen).
Cleusa deu as boas-vindas ao público presente e Adriane falou dos objetivos do evento. “Sejam todas bem-vindas e desejo que este dia seja especial para todas nós. É um prazer para Vila Ipiranga receber vocês”, saúda a representante da comunidade anfitriã. “É um orgulho estar na organização deste evento. O que nós mais queremos é que vocês participem de cada atividade hoje, mas que sempre tenham autoestima e garra para empreender, estudar e ser independente”, salienta a coordenadora.
Junior e Maria agradeceram o envolvimento das mulheres na campanha de coleta e entrega de materiais recicláveis e eletrônicos em prol da Acatol. “Nosso trabalho é focado na sustentabilidade e este gesto de vocês vai nesta direção. Em nome das 54 famílias toledanas mantidas pela Acatol, deixo aqui o meu ‘muito obrigado!’”, comenta. “Os bons momentos deste encontro começaram muito antes do dia de hoje. Minha gratidão a quem se envolveu nesta ação e também o meu incentivo para que continuem separando o lixo orgânico daquele que pode ser reaproveitado”, pondera.
As duas representantes femininas no Legislativo também falaram para as trabalhadoras rurais. ”Este encontro tem uma gincana na qual as comunidades vão competir entre si, mas digo que, antes de tudo, cada uma, com sua história, tem inúmeros motivos para dizer que é uma vencedora na vida”, motiva Olinda. “Colocamos a Câmara de Vereadores à disposição de todas e asseguro que a atual legislatura trabalha diuturnamente em ações que tragam mais qualidade de vida às mulheres do campo e da cidade”, destaca.
Em sua fala, Rosiany comentou do reconhecimento que o encontro presta a pessoas fundamentais para o desenvolvimento de Toledo. “Hoje vocês deixaram um pouco de lado seus afazeres, que não são poucos, acordaram cedo e vieram para este evento. Se nosso município é hoje o maior produtor de alimentos do Paraná, uma vitrine do agronegócio brasileiro, muitas destas conquistas passam pelo trabalho das mulheres do campo, que merecem um dia especial, de muita alegria e informação”, analisa.
Antes de declarar o 11º Encontro de Trabalhadoras Rurais de Toledo oficialmente aberto, Ademar disse ter ficado saudosista ao ver um pouco de sua mãe no rosto das mulheres presentes. “Minha mãe trabalhou por muito tempo na roça, num tempo em que tudo era muito mais difícil. Para as mulheres de hoje não passarem tantos apuros como a dona Helga passou lá atrás, nossa gestão trabalha para que elas sejam valorizadas e não posso me esquecer da figura de Diva Paim Barth, uma mulher à frente do seu tempo, que rompeu barreiras e é nosso dever seguir pela trilha da superação de preconceitos. Além de sensível às questões do público feminino, nosso governo está promovendo uma revolução nas políticas públicas de segurança pública, com ações que deixam as comunidades do interior mais protegidas”, pontua.