Atendendo a um pedido do Município de Toledo, integrantes da 20ª Regional de Saúde e da Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (HOESP/Bom Jesus) participaram de uma reunião nesta segunda-feira (10) para discutir sobre a oferta de vagas hospitalares no Sistema Único de Saúde da região.
O executivo municipal foi representado pelo vice-prefeito, Ademar Dorfschmidt, que reportou a demora no fluxo das Autorizações de Internamento Hospitalar (AIH’s) para os pacientes de Toledo, principalmente de algumas especialidades. “Nós temos feito a nossa parte, investido muito em saúde, porém temos algumas situações de demora, principalmente na resolução de alguns casos e no encaminhamento de algumas cirurgias. Isso tem trazido prejuízos para a saúde de Toledo”, explicou.
A preocupação maior, segundo Ademar, é em relação aos casos de ortopedia. “Acreditamos que os municípios, de forma geral, poderiam melhorar seus atendimentos na Atenção Básica, evitando o aumento de demanda em centros maiores, principalmente por questões que poderiam ser resolvidas no atendimento primário”, comentou.
Ademar ainda acrescentou que Toledo não deseja um atendimento prioritário. “Estamos apenas buscando o atendimento digno dos nossos pacientes. Estamos investindo quase 30% do orçamento do município de Toledo em saúde pública e não podemos deixar os nossos munícipes tendo que aguardar na hora do Estado fazer a sua parte. Deixar eles sem atendimento seria, no mínimo, negligência de nossa parte. Toledo faz sua parte e o importante é que os demais municípios façam o mesmo. A reunião foi boa e entendemos que é possível avançar”, frisou o vice-prefeito Ademar.
O diretor regional da 20ª Regional, Fernando Pedrotti, defendeu que não dá pra pensar a Atenção em Saúde exclusivamente por médicos, mas a partir de equipes de saúde. Nesse sentido, disse ser importante estruturar as equipes de saúde de todos os municípios da regional de saúde. “Temos que avançar em relação ao adequado acompanhamento das condições de saúde da população, trabalhar as questões preventivas. Saúde é consequência de uma série de fatores, inclusive de coisas que se dão no caráter, no âmbito pessoal e coletivo, e que vão se refletir naturalmente nas condições de saúde da população”, argumentou.
Pedrotti citou a proximidade do mês de maio e a necessidade de trabalhar campanhas educativas no trânsito para reduzir preventivamente o número de acidentes e, por consequência, o número de óbitos. “Temos os acidentes, os traumas, a violência interpessoal como a segunda principal causa de óbito na população mais jovem, na população em geral são os cânceres, mas entendemos que isso é algo que traz uma demanda para o setor de saúde muito grande”, reforçou Pedrotti.
Entre os encaminhamentos da reunião está o incentivo às campanhas educativas que possam mitigar a ocupação de leitos e demandas por cirurgias e exames de média e alta complexidade. Além da cobrança constante na formação e aperfeiçoamento de equipes de saúde mais resolutivas em toda a região.