A Prefeitura de Toledo apresentou para a imprensa do município e região o passo a passo para a abertura do Hospital Regional de Toledo (HRT). A inauguração acontece no dia 6 de outubro, às 9h. Além de tratar sobre a entrega oficial da estrutura ao Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (IDEAS), também foram repassadas informações sobre o percentual de atendimento aos pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS) e demais detalhes sobre o seu funcionamento.
A coletiva de imprensa foi realizada nesta terça-feira (12), na Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito, e contou com a presença do prefeito Beto Lunitti, do vice Ademar Dorfschmidt, do presidente da Câmara de Vereadores Dudu Barbosa, da secretária de Saúde Gabriela Kucharski, do diretor clínico do Hospital Regional Gustavo Elias e do corpo jurídico da Prefeitura de Toledo. Lunitti abriu a coletiva trazendo um panorama sobre os ocorridos até o momento.
Lunitti destacou todo o processo para a formatação do edital para a concessão onerosa, lembrando que o termo de referência atendia a legislação federal. “Foi previsto, no edital, 60% de atendimento SUS atendendo a legislação federal, o IDEAS ofereceu 85%. O Ministério Público fez uma recomendação de 100% de procedimentos via SUS”. O prefeito toledano, diante da situação e da necessidade da abertura do Hospital afirmou que essa recomendação será acatada.
O município entende que o HRT precisa atender e o IDEAS foi informado dessa recomendação. “Existe dentro deste contexto uma avaliação, mas a entidade filantrópica mantenedora do HRT entende que o atendimento deverá ser 100% público e agora os setores jurídicos já estão trabalhando para esta nova realidade. A Câmara de Vereadores também será chamada para anuir, ou não, o que for construído legalmente. A decisão, enquanto administração municipal, é que o Hospital atenda 100% SUS”. Lunitti lembrou ainda que tudo foi e está sendo feito de forma transparente, com a participação da sociedade organizada, conselhos e Câmara de Vereadores.
Sobre este aumento do percentual, o IDEAS, vencedor com um limite de 85%, deverá buscar um equilíbrio para compensar os 15% de atendimentos a convênios e particulares. O diretor clínico do HRT, Gustavo Elias Leichtweis, destaca que o atendimento total pelo SUS demandará ajustes na gestão. “Estamos em conversas com a administração municipal para prestarmos bons serviços, sem prejuízos para a comunidade. Teremos os melhores especialistas compondo nosso time e profissionais qualificados”, disse.
Participação do Estado - O prefeito Beto Lunitti também reconheceu o papel fundamental da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e do governador Ratinho Júnior no processo. “Todo este processo tem sido conduzido pelo secretário estadual de Saúde, Beto Preto, que esteve no HRT no domingo (10), e nos relatou que teve uma excelente impressão”.
O Estado, por meio da SESA, se comprometeu em ampliar em 300 o número de Autorizações de Internação Hospitalar (AIH’s) para nossa Regional com o intuito de abrir a nova casa hospitalar e remunerar os serviços que serão prestados pelo IDEAS. “A Regional de Saúde também incumbiu todos os municípios da sua área de abrangência que revisem a destinação de suas AIH’s. Fizemos um levantamento e buscamos a média de atendimento de cada prestador cadastrado junto ao município e observamos o que poderíamos repactuar com o Hospital Regional. Tudo isso foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde, um órgão deliberativo e que entendeu a necessidade desse ajuste. Com isso, chegamos a mais 217 AIH’s para o HRT”, explicou a secretária de Saúde, Gabriela Kucharski.
Equipes profissionais - O diretor clínico do HRT, Gustavo Elias, explicou que o IDEAS trabalha com banco de talentos e com o início das atividades os trabalhadores serão contratados e virão para o Hospital Regional iniciar sua ambientação. “Já temos equipes fazendo entrevistas e logo estes profissionais estarão dentro do Hospital se preparando para a abertura”.
Gustavo ainda lembrou que o HRT não será um hospital de “porta aberta”. Atualmente Toledo tem dois locais para emergências SUS, sendo o Pronto Atendimento Municipal Doutor Jorge Nunes (PAM/Mini Hospital) e a Unidade de Pronto Atendimento Ivo José Alves da Rocha (UPA/Vila Becker), o que já é mais do que o preconizado pelo Ministério da Saúde para um município de 150 mil habitantes. Diante desta situação, os pacientes serão encaminhados dessas estruturas e de outros conveniados com o HRT. “Nos hospitais de grande porte existe um núcleo interno de regulação que controla os encaminhamentos dos locais conveniados. Não podemos esquecer que o HRT é um hospital de vocação regional e que receberá pacientes de outros municípios também, além de procedimentos eletivos”, explicou.
Gabriela reforçou a explanação dizendo que esta regulação respeita o caso clínico, a gravidade de cada situação e demais características do paciente e ao que se propõe cada unidade de atendimento hospitalar.