Foi encerrada na tarde da última quinta-feira (21) o terceiro do Ecoponto Itinerante deste ano. Em quatro dias de atividade, foram recolhidas 198 toneladas de objetos que podem servir de criadouro para o Aedes aegypti e resíduos volumosos nos imóveis do Jardim Europa/América.
Esta marca é impressionante, superando as registradas em edições anteriores. O Ecoponto Itinerante é coordenado pela Secretarias de Saúde, por meio do Setor de Controle e Combate às Endemias, e contou com o apoio secretarias de Infraestrutura Rural e Urbana e de Serviços Públicos e do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico, que disponibilizaram veículos e servidores para auxiliar os cerca de 80 agentes de combate a endemias (ACEs) diretamente envolvidos na operação, para a qual os demais órgãos públicos, empresas e entidades que compõem a Comissão de Mobilização do Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus de Toledo também foram convidados a participar.
Ao contrário de edições anteriores, desta vez não houve uma base que centralizasse as operações, com os moradores podendo colocar os materiais em frente de suas residências – galhos de árvore e entulhos não foram levados. Em quatro dias de trabalho, as equipes percorreram 127 quarteirões, onde existem 3.890 imóveis.
A escolha por esta região para uma ação esta amplitude justifica-se no fato de que, no início do atual ano epidemiológico (iniciado em agosto), 16 dos 33 casos de dengue confirmados em Toledo foram de moradores do Jardim Europa ou do Jardim América, sendo que o exame positivo da mais da metade deles retornou do Laboratório Central do Estado (Lacen) na semana passada. “O momento de fazer algo para evitar que a situação piorasse nestes bairros era agora, pois algum resultado positivo só poderá ser observado daqui algumas semanas, quando as condições para a reprodução do Aedes aegypti tendem a estar melhores. A experiência de outros ecopontos nos faz crer que haverá um freio neste crescimento no número de casos”, analisa a coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian König. “Esta edição foi ainda mais desafiadora, mas as equipes de ACEs não decepcionaram: com o apoio dos nossos parceiros, lutamos bravamente e vencemos! Queríamos encerrar 2023 ‘com chave de ouro’ e conseguimos”, avalia.