A busca por soluções para frear o aumento de casos de dengue é pauta constante das reuniões da gestão municipal. Nesta quarta-feira (14), durante o encontro semanal do secretariado, foram apresentados dados do atendimento de pessoas na urgência e emergência de Toledo. A Unidade de Pronto Atendimento José Ivo Alves da Rocha (UPA da Vila Becker) e o Pronto Atendimento Municipal Doutor Jorge Nunes (PAM/Mini Hospital) registraram a presença de 718 pacientes na segunda-feira (12) e 704 na terça-feira (13). A média em situações normais varia de 350 a 450 por dia.
Segundo a secretária de Saúde, Gabriela Kucharski, houve uma explosão na procura por atendimento. “Era algo que vínhamos prevendo e aconteceu no feriado. Por isso, temos mais demora até na triagem. Estávamos com as equipes completas, inclusive no PAM/Mini Hospital, por exemplo, já tínhamos previsto um médico a mais”. Gabriela ainda disse que está sendo preciso liberar escalas extras para profissionais da saúde.
A secretária acrescentou que a Dengue tem classificação, conforme a gravidade dos sintomas. “O paciente A vai ter seu atendimento, sua medicação e irá para casa, pois não existe nenhum sinal de alerta. Já os B e C vão ficar em observação, seja para uma hidratação acompanhada, ou para o resultado de exames, trazendo com isso uma sobrecarga ao sistema, pois após terá que ser reavaliado pelo médico, dobrando o tempo que os profissionais precisam dedicar a esta pessoa”. Gabriela lembrou que essa pessoa talvez ainda precise voltar mais vezes, seja na urgência ou na unidade básica de saúde mais próxima da sua casa.
A sobrecarga já causa efeitos nas Regionais de Saúde de Toledo, Cascavel, Francisco Beltrão, Pato Branco e Foz do Iguaçu. Todas integram a Macrorregional Oeste. “Neste fim de semana eu entrei em contato diversas vezes com a Central de Regulação e já há escassez de leitos credenciados em toda a nossa Macro, forçando que pacientes permaneçam na UPA e PAM”, disse Gabriela, reforçando que a Dengue é uma doença viral, com ciclo de aproximadamente 7 dias, e que nesse período incapacita a pessoa doente. “Essa realidade não é só nossa. A dengue é um problema em todo o Paraná e no Brasil”, frisou.
Ações - Ainda durante a reunião, Gabriela Kucharski reforçou que atualmente as ações promovidas pelo município em relação ao combate ao mosquito transmissor têm sido reconhecidas pelos órgãos estaduais. “Estive em uma reunião de nível estadual na última semana, onde uma das pautas principais foi a dengue e recebemos elogios pelas ações preventivas. Não estamos em uma situação pior, por conta do empenho do setor público e o apoio de entidades”, expôs.
Checagem - A Secretaria de Saúde organizou uma lista de locais onde as larvas do mosquito são depositadas.
• Antes da porta, verificar tudo que acumule água, como lonas, plantas, bebedouro dos animais, garrafas, tampas, ralos, pneus, tanque de água, etc.
• Verificar plantas internas, fontes, aquários, caixa da geladeira.
• Tem garrafas de vidro em casa? Coloque-as de boca para baixo.
• Tem piscina? Lembre de mantê-la tratada com cloro.
• Verifique se as caixas de gordura estão devidamente fechadas.
• Faça a limpeza de suas calhas a cada 15 dias.
• Verifique os ralos em sua casa ou na sacada de seu apartamento.
• Está construindo ou reformando? Redobre a atenção aos cuidados com materiais e outros itens que possam acumular água.
Ecoponto Itinerante - A Prefeitura de Toledo segue com seus trabalhos intersetoriais com o intuito de diminuir os focos de infestação. No próximo sábado (17), o Jardim Bressan e o Cezar Park receberam o Ecoponto Itinerante. A ação é coordenada pela Secretaria de Saúde e auxilia na eliminação de resíduos volumosos (sofás, colchões, móveis e utensílios), recicláveis e demais materiais inservíveis. Os imóveis serão vistoriados pelos agentes de combate a endemias (ACE’s) e os moradores orientados a eliminar possíveis criadouros para o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. O trabalho conta com o apoio de servidores municipais de diversas secretarias e funções e voluntários.