Nesta quarta-feira (08), às 11h, será realizada no auditório Acary de Oliveira, na Prefeitura de Toledo, uma reunião para formalizar a adesão à ‘Carta de Toledo/do Oeste Paranaense contra o Fracking em nossas terras’. Estão convidados todos os representantes de órgãos e entidades de Toledo e região que tenham interesse e assinar o documento.
Na ocasião estarão presentes representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e diversas autoridades. O município de Toledo já se mostrou contrário à exploração do gás de xisto por meio do fracking na região. A ‘Carta de Toledo contra o Fracking’ apresenta fundamentos sobre a importância de mobilizar os municípios da região Oeste e o Estado do Paraná para impedir a exploração do gás de xisto por meio do fraturamento hidráulico.
O documento pontua os detrimentos causados pelo fracking. “Estudos mostram que os produtos químicos utilizados no fraturamento hidráulico são tóxicos e até cancerígenos, podendo colocar em risco a vida humana e provocando catástrofes socioambientais”, comentou o auditor fiscal e responsável pela elaboração da carta, Renato Eidt. O fracking também pode causar danos a água. “Estamos sobre o Aquífero Guarani, que se estende por oito estados do Brasil e mais Argentina, Paraguai e Uruguai. Uma contaminação causaria problemas de grande magnitude”, explicou.
Na carta é pontuado também o prejuízo que o fracking pode causar ao agronegócio. “46% do agronegócio paranaense vêm da pecuária. Uma contaminação pode causar prejuízos para as exportações e à economia regional e até do país. Nenhuma pessoa de bom senso vai querer colocar isso em risco”, ressaltou Renato.
A carta já foi encaminhada para as bancadas do Paraná e ao Congresso Nacional para que sejam proibidas estas atividades. Ela também já foi apresentada em assembleia geral na Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP) e na Associação das Câmaras de Vereadores dos Municípios do Oeste do Paraná (Acamop).