Faltam poucos dias para que a Estação de Tratamento de Esgoto Norte (ETE-Norte) da Companhia de Saneamento Básico do Paraná (Sanepar) entre em funcionamento em Toledo. Após quase dois anos de construção, a obra está pronta e recebendo os últimos ajustes para atender cerca de 30 mil pessoas residentes da região norte da cidade, tratando cerca de 100 litros por segundo. Nesta terça-feira (07), o prefeito Beto Lunitti acompanhou o dono de uma propriedade por onde passará a nova tubulação, para esclarecer dúvidas, em visita à Estação.
A visita contou com a presença do Secretario Municipal de Meio Ambiente (SMA), Edemar Rockemback, do gerente da Unidade Regional de Toledo da Sanepar, Fábio Leal Oliveira, da diretora da regional do Instituto Ambiental do Paraná em Toledo, Maria da Glória Pozzobon, e de representantes da empreiteira responsável pela obra.
Conforme o prefeito Beto Lunitti, a construção da ETE-Norte é um sonho antigo da comunidade local e há interesse do município e dos agentes envolvidos em contribuir para todas as soluções necessárias. “Naturalmente, dentro do contexto que a prefeitura pode contribuir, estamos fazendo isso. Um dos proprietários de uma reserva de preservação permanente nacional e que evidentemente, por onde passará a tubulação tinha algumas dúvidas. Então, para que a Sanepar possa adentrar neste espaço, tem que ter todo um processo de autorização ambiental e a concordância de todos os envolvidos”, explicou.
Beto afirmou estar contente por haver um processo harmonioso de discussão para que se afaste sempre qualquer situação de conflito. “Onde há harmonia há prosperidade, e onde há prosperidade a satisfação e alegria na vida das pessoas. E esse é o papel que o prefeito tem que fazer também de mediador e articulador e é isso que estamos fazendo”, destacou.
O gerente da Unidade Regional de Toledo da Sanepar, Fábio Leal Oliveira, ressaltou o apoio da Prefeitura, por meio do prefeito Beto Lunitti e da Secretaria de Meio Ambiente, além do IAP, para esclarecer as dúvidas do proprietário que questionou a passagem da tubulação pela sua área. “É uma área especial, de reserva legal e necessita de uma tratativa diferenciada. Buscamos, com apoio da prefeitura e do IAP, tranquilizar o proprietário, ressaltando que faremos a obra com mínimo de dano possível e faremos, após a conclusão da obra, a imediata recuperação e melhorias para que ele tenha sua área mantida sem problemas”, disse.
ETE-Norte
A construção da Estação de Tratamento de Esgoto Norte iniciou em 2014 e foi concluída em abril de 2016. No local, foram investidos aproximadamente R$ 13 milhões, envolvendo a estrutura da estação e as tubulações da rede. Conforme o Gerente da Unidade Regional de Toledo, Fábio Leal Oliveira, estão sendo aguardados apenas a definição da conclusão de alguns trabalhos. “Temos a expectativa de que no máximo em 30 dias iniciemos o tratamento de um dos módulos, recebendo o esgoto que vem da região do Coopagro”, afirmou.
Fábio explicou que atualmente há uma estação elevatória, que bombeia o esgoto para a Estação de Tratamento na Vila Industrial. “Quando a ETE-Norte entrar em utilização, vamos desativar duas estações que hoje estão dentro do perímetro urbano de Toledo, e que avizinha residências, que geram odor, geralmente quando há inversão térmica, e um impacto negativo para a vizinhança. Com o inicio de operação, isso beneficiará os moradores das regiões da Vila Industrial e Jardim Gisela”, disse.
Além disso, Fábio destacou o grande impacto positivo ambiental que existirá com o funcionamento da ETE-Norte. Segundo ele, o Arroio Marreco e as Sangas Panambi e Jacutinga deixarão de receber o lançamento do esgoto das estações. “Vamos trazer o esgoto para um tratamento moderno, novo, totalmente adequado, em uma região que o rio tem uma vazão que coporta. Para a natureza vai ser uma mudança de 100% em qualidade de vida para os rios. Vamos ver a recuperação em pouco tempo e toda a população poderá observar e desfrutar desses cursos d’água que passam pelo perímetro urbano”, comentou.
Após a desativação das estações, a água que passa pela propriedade do toledano que questionou a obra, também terá uma qualidade melhor. “E vai ajudar inclusive, todo o biossistema existente no entorno”, ressaltou Fábio.