O Setor de Controle e Combate às Endemias realizou o 1º Levantamento de Índice Rápido Amostral para Aedes aegypti de 2017 essa semana. O resultado apontou uma infestação de 1,94%. Apesar de estar acima do que o Ministério da Saúde considera aceitável (1% de infestação), os números foram comemorados pelas equipes da Secretaria de Saúde de Toledo, pois é o melhor resultado obtido nos últimos 7 anos, se comparados apenas o 1º levantamento de cada ano.
Desde 2014, quando o índice atingiu o ápice de infestação nesse primeiro levantamento (10,60%), a incidência vem caindo. Em 2015 a infestação foi de 6,80%. Já em 2016 esse número caiu para 4,60%.
Segundo o supervisor técnico do setor de Combate às Endemias, Taylon Pereira, o LIRAa é realizado de forma amostral. “Nesse levantamento, foram vistoriados 1.801 imóveis (residências, comércio, terrenos baldios) em todos os bairros do município e destes, 35 imóveis apresentaram a presença de larvas de Aedes aegypti, resultando em 1,94% de infestação predial”, informou.
ANO | 1º LIRAa | 2º LIRAa | 3º LIRAa | 4º LIRAa |
2017 | 1,94% | Março | Julho | Novembro |
2016 | 4,60% | 0,80% | 0,30% | 0,40% |
2015 | 6,80% | 6,60% | 0,90% | 1,90% |
2014 | 10,60% | 5,90% | 0,50% | 0,90% |
2013 | 7,20% | 6,60% | 1,30% | 0,70% |
2012 | 2,70% | 4% | 3,50% | 5,80% |
2011 | 2,60% | 2,26% | 0,50% | 1,16% |
2010 | 3,13% | 2,04% | 0,90% | 1,30% |
O secretário de Saúde, Thiago Daross Stefanello, disse que apesar de alguns bairros apresentarem índice aceitável de infestação, vários estão com índices superiores ao ideal, alguns apresentando alto risco para surtos e epidemias. “O levantamento apontou algumas localidades com maior preocupação: Boa Esperança I, Panorama I, Paulista, Europa I, La Salle, Coopagro e Pancera. Na próxima segunda-feira (16) vamos intensificar ações no Boa Esperança I e no Panorama I. É preciso uma ação muito forte no combate ao vetor e a participação da população é muito importante. Todos juntos podemos eliminar os criadouros”, garantiu Stefanello.
LOCALIDADE | IIP |
BOA ESPERANÇA I | 9,75% |
PANORAMA I | 7,69% |
PAULISTA | 6,97% |
EUROPA I | 6,66% |
LA SALLE | 5,76% |
COOPAGRO | 5,4% |
PANCERA | 5,12% |
SÃO PEREGRINO | 4,16% |
SÃO FRANCISCO II | 3,57% |
BRESSAN | 3,5% |
SÃO FRANCISCO I | 3,44% |
PANAMBI II | 3,03% |
FILADÉLFIA | 3,03% |
AMERICA I | 2,94% |
OPERARIA | 2,94% |
PARIZOTTO | 2,94% |
SANTA MARIA | 2,7% |
FACHINI I | 2,56% |
MARACANA II | 2,43% |
SANTA CLARA IV | 2,32% |
ESPLANADA | 2,22% |
CROMA | 1,81% |
Criadouros
O LIRAa funciona como uma carta de navegação, ele aponta as localidades que apresentam o maior risco, para que as ações possam ser realizadas para impedir o surgimento de casos. Outro objetivo do LIRAa é apontar os depósitos predominantes, esse chamamos de Índice de Breteau, que mostra a positividade dos criadouros.
Dos imóveis onde foram encontradas as larvas de Aedes aegypti, a Secretaria de Saúde identificou que houve uma grande incidência em baldes (8), bebedouros de animais (7), vasos sanitários no quintal (5), vasos de plantas (5), lonas (5) e pneus (4). Também foram encontradas larvas em potes, tonel, saco plástico, piscina, peça de carro, pé de mamão, material de construção, marmitex, lata, garrafa Pet, galão, folha de coqueiro, calha, caixa de gordura e caixa d’água.
O secretário de Saúde reforçou que os criadouros que foram encontrados larvas de Aedes aegypti, são materiais que são passíveis de remoção. “Diante disso, fazemos um apelo a toda comunidade, limpe seus quintais e após as chuvas elimine todos os materiais e a água parada.
O grande vilão desse levantamento de índice foram os baldes que são utilizados para guardar água de chuvas e bebedouros de animais. Então, pedimos que troquem diariamente a água dos animais e lavem o bebedouro com uma espuma e sabão em todo o depósito para podermos eliminar os ovos do mosquito. Acondicionem em locais cobertos os pneus e vasos sanitários que não estiverem em uso”, recomendou.