21 de Agosto de 2017 at 09:41h

Ministro do Meio Ambiente lança cartilha e assina em Toledo convênio de cooperação com Itaipu Binacional

O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, disse nesta sexta-feira, 18, em Toledo, que pretende aproveitar e replicar em outros municípios do país o exemplo adotado pela Itaipu Binacional, através do programa Cultivando Água Boa, para recuperação e preservação de nascentes de rios. Ele esteve na região, incluindo o município de Toledo, para conhecer in loco ações desenvolvidas pela hidroelétrica nos municípios, visando a recuperação e a preservação do meio ambiente. Em Concórdia do Oeste, no interior do município, no salão de eventos Rancho Fundo, o ministro, acompanhado do diretor geral da Itaipu Binacional Luiz Fernando Vianna,  assinou um convênio de cooperação técnica entre o Ministério e a Itaipu e lançou uma cartilha de fontes de financiamento para a educação ambiental.O material, produzido pelo Ministério, traz informações gerais sobre fontes de financiamento em diversos órgãos e áreas. O material começou a ser distribuído em Toledo para os municípios brasileiros.

“A Itaipu está fazendo um trabalho muito importante na recuperação de nascentes e medição de sedimentos depositados em lagos. Assim que soube do trabalho, fiz questão de conhecer in loco o que está sendo feito e fiquei vivamente impressionado.  Precisamos replicar estas experiências e minha vinda aqui vai servir para isso. Vou determinar aos técnicos da Secretaria de Recursos Hídricos que se aproximem ainda mais do programa. Com a boa vontade da Itaipu Binacional , com certeza, o exemplo daqui deverá ser replicado, inclusive com adoção de tecnologias aqui utilizadas”, destacou o ministro.

Segundo ele, com as mudanças climáticas que estão sendo verificadas, hoje a preocupação com água aumentou ainda mais. Conforme o ministro, antigamente a preocupação maior era com a preservação da qualidade da água. Hoje, além de evitar a degradação da água, a preocupação é também com a quantidade, que está diminuindo. Os últimos dez anos foram os mais secos desde que começaram a ser medidas temperaturas. As consequências aparecem na redução da oferta de água, que provocou o racionamento em estados como São Paulo e agora com a redução de água em Brasília, na região do cerrado, além da preocupação com o São Francisco, que tem quase dez quilômetros de água salgada invadindo o seu leito. A situação, diz ele, é muito preocupante e merece a atenção dos órgãos ambientais e da população, sob pena de reduzir a oferta de água para o consumo humano e também para a produção agropecuária. “Com 8 bilhões de habitantes no mundo, a natureza, os biomas, os ecossistemas ganharam uma missão única de manter o equilíbrio climático do planeta Terra”, sentenciou ele.

 

Lixo urbano

 

Conforme o ministro do Meio Ambiente, apesar dos recursos já liberados aos municípios em editais anteriores, muitos ainda não estão adequados para dar o destino correto ou fizeram investimentos necessários para a reciclagem dos resíduos urbanos. A lei, cujo prazo foi prorrogado por duas vezes, exige que os municípios se regularizem. Ele ressaltou que o Ministério continua dando apoio neste sentido e defendeu uma forma de tornar mais atrativo para a iniciativa privada o tratamento final do lixo e a reciclagem.

“O lixo é caro, o projeto é difícil, é preciso a união de forças, incentivar a iniciativa privada na busca de um caminho criativo para solucionar esta grave questão que atinge os municípios brasileiros”.

 

Ecoponto e aterro de resíduos da construção civil

Aproveitando a vinda do ministro, o vice-prefeito de Toledo, João Batista Tita Furlan, que também acumula a secretaria municipal do Meio Ambiente, encaminhou um ofício solicitando a liberação de recursos para implantação em Toledo de 4 ecopontos e a construção de um aterro para depósito de resíduos para a construção civil.  O investimento totaliza 2,2 milhões, sendo um milhão para a construção do aterro e o restante para os quatro ecopontos.

Os ecopontos serão destinados ao encaminhamento de resíduos pelos cidadãos. Eles serão construídos em pontos estratégicos, sendo que o primeiro deverá ser ao lado da sede atual da Secretaria de Segurança e Trânsito. Os demais pontos serão distribuídos estrategicamente, incluindo as regiões do Coopagro, Europa/América, São Francisco/Panorama e Vila Pioneiro. A meta, adiantou Tita, é construir quatro ecopontos até o final do próximo ano totalizando sete até o final desta gestão.

O vice-prefeito agradeceu a presença do ministro em Toledo e pediu, diante da participação do município no desenvolvimento da economia, com um PIB de 2,5 bilhões, que gera, consequentemente um passivo ambiental bastante grande, uma atenção especial do município no desenvolvimento de projetos que vão contribuir para a preservação do meio ambiente, o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população. 

 

Texto: Eliane Cargnelutti Torres

 

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