20 de Setembro de 2017 at 17:51h

Profissionais da saúde participam de capacitação para combate ao tabaco

 

Uma pessoa dependente no tabagismo, que fuma um maço de cigarros por dia, reduz 280 minutos de vida. Isso significa de 7 a 8 anos de vida a menos ao longo dos anos. Indo de encontro a esse dado alarmante a 20ª Regional de Saúde realizou nesta quarta-feira, 20, a segunda etapa do módulo da capacitação sobre o combate e prevenção ao tabagismo. Aproximadamente 142 profissionais dos 18 municípios assistidos pela 20ª regional participaram da programação. 

De acordo com o médico da Estratégia da Saúde da Família, Fernando Pedrotti, o objetivo desses encontros é tornar os profissionais de saúde aptos para a abordarem esse tema com o público alvo. “O tabagismo é a principal causa de morte que pode ser evitável no mundo, pois é comprovado que em cada dez casos de câncer de pulmão, nove estão relacionadas ao tabaco, sem contar as demais doenças”, comenta.

Segundo Pedrotti em cada três pessoas, uma está exposta ao tabaco. “O nosso objetivo é como manejar e tratar a dependência da nicotina do alcatrão e mais um conjunto de cinco substâncias altamente cancerígenas, entre as 472 substâncias identificadas do cigarro”.

O material usado para discutir o tema foi disponibilizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), que segue a linha de conduta do Ministério da Saúde frente ao tabagismo. “Apenas o uso de medicamentos não é eficaz. É preciso a conversa, o incentivo e acima de tudo a força de vontade da pessoa viciada”, explica o médico. 

Salienta-se que outro fator desenvolvido é o aumento do uso do tabagismo para conseguir o efeito de bem estar desejado. “As drogas tem três características base à compulsão que é o desejo interativo de fazer o uso para sentir prazer, o fenômeno da tolerância, ou seja, ao longo dos anos faz com que a pessoa necessite ingerir cada vez mais e a abstinência que é quando você tenta retirar a droga e a ausência provoca sensações de mal estar”. O médico da Estratégia da Saúde da Família informa que a abstinência tem o seu pico mais alto nas três semanas.

Outro fato observado no uso do tabagismo e que isso afeta as pessoas que convivem com o fumante. “As chances de quem convive com uma pessoa viciada desenvolver um câncer de pulmão aumenta em 60%”, comenta Fernando.

O último módulo do curso irá acontecer no dia 29 de setembro. A intenção pós-curso é montar ambulatórios de tratamento ao tabaco e oferecer medicação aos pacientes que possuírem um alto nível de dependência e problemas com a abstinência da nicotina.

Os profissionais da saúde participantes são das cidades de Assis Chateaubriand, Guaíra, Marechal Candido Rondon, Maripá, Mercedes, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Pato Bragado, Quatro Pontes, Santa Helena, São Pedro do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo e Tupãssi. Além de profissionais do Centro de Socioeducação (Cense), Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e Academia de Saúde.

 

Texto: Núbia Hauer