Todos os atores que atuam na política de formação e recuperação do adolescente que comete um ato infracional estavam presentes no 3º Encontro Municipal da Socioeducação de Toledo. O evento foi promovido pela Comissão Intersetorial de Medida Socioeducativa em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Proteção a Família.
Mais de 300 profissionais participaram do evento realizado no Centro Cultural Ondy Hélio Niederauer na tarde desta terça-feira (14). O tema abordado esse ano foi a Intersetorialidade nas Medidas Socioeducativas. O objetivo era discutir a socioeducação, uma das propostas do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, elaborado em 2014.
A secretária de Assistência Social, Marisa Cardoso, disse que as palestras abordaram sobre as diversas políticas que possam unir e fazer um trabalho ordenado para a socialização dos adolescentes infratores.
“Precisamos pensar que os adolescentes vivem em diversas realidades. E de acordo com essa realidade é o seu comportamento. É preciso uma soma de esforços para que encontrem ambientes favoráveis e pessoas habilitadas para auxiliar na transformação de comportamento. Por que não dizer de vida? É importante que o trato como o adolescente seja diferenciado no sentido que ele possa aprender os valores para vida, independente de sua situação econômica ou social”, expõem Marisa.
Esse foi um momento de capacitação e formação continuada para os profissionais que atuam nas mais diversas políticas públicas que atendem adolescentes e seus familiares. Participaram profissionais da saúde, assistência social, juventude, cultura, esportes, educação, segurança, judiciário, conselhos municipais, centros de formação profissional, Poder Executivo e Legislativo, entre outros.
A Garantia de direitos e intersetorialidade na socioeducação foi abordada na palestra do Juiz da Vara da Infância e Juventude do Município de Toledo, Rodrigo Rodrigues Dias. Em seguida, a Psicóloga e Gerente do Departamento de Proteção Social Especial do município de Cascavel, Lucimaira Cabreira, trabalhou o tema Identidade, Adolescente e Medida Socioeducativa. No final, houve uma mesa de debates para explorar melhor as temáticas.
Desafio
Para a secretária de Assistência Social, o desafio é ampliar os espaços e recursos humanos no atendimento das políticas públicas que envolvem a criança e o adolescente.
Já para a assistente social que representa o município no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ires Scuzziato, outro desafio é “convencer o adolescente a se tornar uma pessoa íntegra com toda a conjuntura atual no nosso país”, alertou. Ambas entendem que a ressocialização é um papel importante que envolve toda a sociedade.
Autor: Dielson Kleber Pickler