Enquanto a maioria dos municípios brasileiros precisa lidar com um cenário de desemprego em massa causado pela pandemia de Covid-19, Toledo conseguiu concluir o primeiro quadrimestre com um saldo positivo de 1.274 novos postos de trabalho - 8.191 admissões e 6.917 desligamentos. Estes números, que constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, colocam a Capital Paranaense do Agronegócio na liderança estadual da geração de empregos entre as 21 cidades cuja população é superior a 100 mil habitantes.
Apesar de tido saldo negativo de 460 empregos (1.062 carteiras assinadas e 1.522 demissões) em abril, Toledo está muito à frente das outras cinco que tiveram saldo positivo nos quatro primeiros meses de 2020: Ponta Grossa (+199), Araucária (+140), Almirante Tamandaré (94), Cascavel (20) e Campo Largo (3). Levando em conta os 399 municípios paranaenses, o quadro é nada animador: foram 403.244 admissões e 425.668 desligamentos, saldo negativo de 22.424 postos de trabalho neste mesmo período - somente a capital, Curitiba, responde por mais de 60% (-13.521) deste montante, seguida por Foz do Iguaçu (-3.757), Londrina (-2.986), Maringá (-2.004), São José dos Pinhais (-1.997) e Pinhais (-1.088).
De acordo com o secretário do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, de Inovação e Turismo, Alcídio Roques Pastório, o bom resultado de Toledo foi puxado pelo setores de serviços (+732), indústria de transformação (+418) e construção civil (+114). “São atividades que historicamente são ‘puxadoras’ de emprego e, mais uma vez, não decepcionaram. O agronegócio, apesar das oscilações de algumas cadeias produtivas, como a leiteira e a da piscicultura, conseguiu manter o saldo positivo”, pondera.
Pastório destaca que a confiança do empresariado local é fundamental para a atividade econômica em Toledo manter-se em bom nível, mesmo num cenário de crise. “Ninguém joga dinheiro fora e esses investidores, de todos os segmentos, sabem que aqui é o melhor lugar para se investir. Unidos somos mais fortes!”, salienta.
Um dos segredos de Toledo estar reagindo melhor ao cenário de crise é a forma como o município está atuando em favor da sobrevivência dos pequenos negócios, facilitando a concessão de crédito barato por meio de aportes do Garantioeste, instituição que avaliza operações com bancos conveniados (Sicredi, Sicoob e Cresol) de até R$ 25 mil por pessoa jurídica, oferecendo carência de até seis meses e pagamento em 24 vezes com juros a partir de 0,6% ao mês. Com este recurso, o empresário consegue honrar folha salarial, aluguel e pagamento de fornecedores pagando taxas menores que o sistema bancário tradicional, que cobra entre 1,3% a 1,4% por mês.
Desde o início da parceria com o município, em 2016, a Garantioeste já avalizou o financiamento de R$ 2.205.450,00 em 155 operações de crédito. “É fundamental contar com gente que acredita em nosso município, mesmo num momento difícil com este. Em razão do alto nível dos nossos empresários, que lutam incansavelmente para se manter firmes e se protegendo da Covid-19, estamos oferecendo todo o apoio para que juntos consigamos enfrentar o maior desafio desta geração e sair dele fortalecidos”, analisa o prefeito de Toledo, Lucio de Marchi.