Um problema que durou 14 meses será solucionado. Após o abandono por parte da empresa responsável pela obra de reforma da Cozinha Social, o município conseguiu autorização da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) para realizar uma dispensa de licitação à Empresa de Desenvolvimento Urbano e Rural de Toledo (Emdur). O objetivo é dar continuidade aos trabalhos de readequação no espaço que fornece as refeições para as escolas e centros municipais de educação infantil, restaurantes populares e demais instituições ligadas ao município.
Contratada em 2019 para as intervenções no local, a empresa deixou de cumprir o prazo de entrega das obras, que era de seis meses. Os trabalhos começaram após a produção do bolo de aniversário do município, no mês de dezembro, e o término do período de vigência coincidiu com o início da pandemia. Alegando dificuldades na aquisição de materiais e também com a contratação de mão-de-obra, a empresa pediu alguns aditivos de contrato. A última prorrogação aconteceu em dezembro de 2020, quando foi estipulado o prazo de 24 de janeiro de 2021 para a conclusão dos serviços.
No dia 13 de janeiro, antes mesmo do encerramento do prazo estipulado, os proprietários da empresa estiveram em Toledo para solicitar uma antecipação da medição e pagamento parcial da obra. Ao receberem a negativa do poder público municipal, no dia 14 de janeiro recolheram seus equipamentos e abandonaram a obra. O município já tomou as medidas administrativas para cobrar a empresa pelo ato. Foram pagos ao longo do ano mais de R$ 450 mil pela parte realizada. Porém, aproximadamente 30% da obra não foi concluída. Uma ata notarial foi preenchida descrevendo toda a situação.
Merenda para a volta às aulas
Os alunos dos quintos anos retornam às aulas presenciais no dia 8 de março de 2021 em Toledo. O diretor da Cozinha Social, Luiz Carlos Bazei, explica que, como será um retorno parcial, após tratativas com a Secretaria de Educação, a Cozinha Social irá preparar um cardápio adaptado. “Será produzido no Restaurante Popular do Jardim Coopagro, que até o fim de 2020 já estava sendo usado para atender demandas do município”. A equipe de nutricionistas da Cozinha Social garantiu que será seguida a legislação e garantida as recomendações nutricionais exigidas.
Restaurantes Populares
A expectativa da equipe da Cozinha Social é que até o final do mês de abril os trabalhos da Cozinha Social voltem ao normal com o término da reforma. Além de atender diversos programas estaduais e nacionais de alimentação, a Cozinha também voltará a atender programas socioassistenciais e de valorização do pequeno produtor rural.
Outra grande meta da gestão é a reabertura dos restaurantes populares (RP’s). Bazei informou que a pretensão é abrir seis RP’s após a reforma da Cozinha Social. Devem reabrir o atendimento nos restaurantes populares do Jardim Coopagro, da Boa Esperança, do Europa, do São Francisco, da Vila Paulista e do Jardim Panorama. “O Restaurante do Jardim Gisela também deve retornar, mas no decorrer do ano, com uma nova política de trabalho”, informou Bazei.
A usina de soja para a produção do extrato e do suco de soja também deverá ter suas atividades retomadas após a reforma. O serviço atende unidades de saúde, Pastoral da Criança e grupos de idosos da cidade.
Emdur
Segundo o diretor da Cozinha Social, Luiz Carlos Bazei, a Secretaria de Planejamento está refazendo os projetos para terminar a obra. Algumas alterações serão realizadas para atender às atuais demandas do serviço. Finalizado o projeto, uma dispensa de licitação colocará a Emdur à frente do processo e com a missão de concluir a obra o mais rápido possível.