suzi.lira 17 de Setembro de 2018 at 17:05h

Alunos conscientizam população sobre mobilidade urbana

Alunos do ensino médio do Colégio Sesi realizaram uma ação educativa na última sexta-feira (14) em parceria com a Secretaria de Segurança e Trânsito de Toledo. Motivados pelo professor de Química e Ciências Aplicadas, Matheus Ferreira, orientaram as pessoas sobre a mobilidade no trânsito. Um dos principais focos foi as condições dos passeios públicos.

 

Os alunos falaram da responsabilidade de cada cidadão em cuidar da sua calçada de forma que seja transitável também por pessoas com mobilidade reduzida. Aproximadamente 20 alunos participaram da ação. Os Guardas Municipais controlaram o trânsito para garantir a atenção segura dos motoristas.

 

O estudante do 2º ano do Colégio Sesi, Bruno Potrich (16), falou sobre a decisão do grupo em fazer um movimento para falar sobre acessibilidade com as pessoas. “Cegos, cadeirantes e outras pessoas com deficiência muitas vezes tem dificuldade em transitar pelas calçadas e acabam indo pra via pública para poder se locomover. Com isso aumentam as chances de acontecer um acidente de trânsito”.

 

O colega de sala dele, Breno Johann (16), explicou que a proposta é motivar as pessoas responsáveis pela manutenção e adequação de suas calçadas. “A nossa intenção é conscientizar os proprietários de imóveis sobre a necessidade de adequar ou mesmo construir as calçadas de forma que as pessoas possam se locomover. Muitas fazem ‘o projeto’ com a calçada certinho, sem desnível e sem obstáculos, mas na hora de executar colocam uma árvore bem no meio”, exemplificou uma das situações que ocorrem.

 

O professor Matheus Ferreira disse que o objetivo desta ação era conscientizar a população sobre a mobilidade urbana e acessibilidade das pessoas no trânsito. “Observamos que nem todas as ruas e calçadas estão apropriadas. Não só para pessoas com deficiência, mas também para uma mãe com um carrinho de bebê ou outra pessoa com mobilidade reduzida. É responsabilidade de cada um arrumar a sua calçada. Não adianta cobrar da Prefeitura, tem responsabilidades que é de cada cidadão”, afirmou.

 

Oficina de acessibilidade

A ação educativa foi motivada dentro da Oficina de Acessibilidade na qual os alunos do colégio participam. O professor Matheus Ferreira disse que a Química, disciplina que ele leciona, está em todos os lugares. “A ideia é que eles possam observar isso na rua e em todos os ambientes. Ai quando voltamos para o laboratório, na disciplina de Ciências Aplicadas, o desafio para os alunos é criar um produto ou uma solução para os problemas do dia a dia das pessoas”, explica o professor.

 

Inovação

Se em um primeiro momento a ação não aparenta ter um impacto social muito forte, é porque não fomos à fundo conhecer a iniciativa de cada um dos estudantes. É o caso da Maisa Iakovacz (17) do 3º ano. Ela e um grupo de colegas estão desenvolvendo o projeto “Dorina tecnologia em acessibilidade para deficientes visuais”.

 

O projeto consiste em um cinto que identifica objetos e obstáculos nas ruas e calçadas e transmite um sinal sonoro que é por comando de voz, alertando o usuário da presença desses obstáculos. “Ainda estamos na fase de aprimoramento. Já estamos no terceiro protótipo. Queremos implementar a computação cognitiva ou inteligência artificial. A proposta é substituir a bengala, o cão guia e o piso tátil da vida dos cegos. Percebemos que essas formas não são totalmente eficazes na vida dos cegos. Então queremos fazer uso da tecnologia para resolver esse problema”, relatou Maisa Iakovacz.