A cultura do Hip Hop começou a ser difundida em 1970, em Nova York (EUA). O movimento é formado pelas demonstrações culturais do rap, grafite e o break. O objetivo dessa cultura é construir a identidade cultural dos grupos sociais marginalizados, buscando também a conquista do espaço público, social e político. Porém essa cultura é pouco difundida nas cidades do interior.
Com o intuito de valorizar mais o Hip Hop no interior, as secretarias de Cultura e da Juventude e Central Única das Favelas (Cufa) irão realizar no próximo sábado (22) o evento ‘Arte Livre encontro dos grafite’, no Centro da Juventude Mariana Luiza Von Borstel, do Jardim Coopagro. As atividades foram distribuídas em oficinas de grafitagem, competições de skate, batalhas de break, all style, cypher e outras atividades culturais, que serão realizadas das 9h às 18h.
Os jovens, adolescentes, comunidade em geral interessados em participar devem fazer a sua inscrição gratuita na Casa da Cultura, nos centros da juventude do Europa e do Coopagro e na Cufa. As vagas para a oficina de grafite são limitadas. Será disponibilizado transporte público, com saída às 8h15min, para os jovens que moram ao entorno do Centro da Juventude do Jardim Europa ou que frequentam o espaço.
Para participar das batalhas de break as inscrições serão feitas no dia, com um custo de R$ 5,00. O valor arrecadado será dado como prêmio ao ganhador da batalha.
O diretor de Apoio à Juventude, Jairo Luiz Cerbarro, informa que estão confirmados grafiteiros de São Paulo, Curitiba e Maringá. “Há certo preconceito por parte da população quando se fala em grafite, porque muitos confundem com pichação. Se você decidir fazer uma pintura retratando algum fato em um muro, mas sem a autorização, isso se torna a pichação. O grafite é quando há essa autorização”, explica.
A expectativa dos organizadores é reunir cerca de 300 participantes, entre artistas e comunidade, e “mostrar à população que o Hip Hop também é cultura, com a dança, a música e o grafite”. Segundo o diretor, a expectativa é fazer novas edições em outros locais da cidade, difundindo a arte do grafite e reduzindo preconceitos.
O coordenador da Cufa, Isaac Souza de Jesus, explica que o muro onde será feito o grafite e a pista de skate passaram por reparos. Em torno de 18 pessoas, entre elas jovens que frequentam o Centro da Juventude, voluntários e integrantes da Cufa realizaram a pintura do muro e alguns reparos na pista. As tintas foram doadas pela Central Tintas e a madeira por empresas locais e o spray que será usado para a pintura em grafite foi adquirido pela Cufa e Secretaria da Juventude. No total serão grafitados 250 metros de área.
“O nosso foco não é arrecadação, mas proporcionar um momento de lazer e aprendizado para os jovens e a comunidade em geral”, salienta Isaac. Segundo ele, a aceitação da comunidade está sendo muito boa e algumas pessoas já o procuraram elogiando pela iniciativa. Eles acreditam que o ambiente ficará mais harmonioso, não dando espaço para a pichação.
Texto: Nubia Hauer