Na noite de segunda-feira (16), durante a abertura das comemorações da 14ª Semana de Museus, no Museu Histórico Willy Barth, foi realizado um ato em defesa da manutenção do Ministério da Cultura (MinC) e sua fusão ao Ministério da Educação (MEC). A ação apartidária e espontânea foi organizada pelos trabalhadores da Cultura e artistas de Toledo. Além disso, foi publicada uma Carta Aberta em defesa do Ministério da Cultura, assinada por diversas entidades e segmentos.
Conforme a secretária de Cultura de Toledo, Rosselane Giordani, após a publicação da medida provisória que extinguiu vários Ministérios, entre eles o da Cultura, na noite de quinta-feira (12), uma série de manifestações de grupos culturais e dos trabalhadores da cultura desencadeou no país. “Entende-se que a política cultural que é desenvolvida hoje pelo MinC, se complexificou e hoje atende uma diversificação de atividades e conseguiu estruturar uma série de marcos regulatórios importantes, atuando na Cultura como política pública, estruturada dentro de um corpo administrativo que articula e compactua com os estados e municípios, a implementação de suas políticas, em todos os colegiados setoriais que representam as artes, as manifestações artístico e culturais e também da cultura popular”, explicou.
Rosselane comentou que a Cultura não pode ser restrita ao seu entendimento e atuação, somente do ponto de vista das manifestações artístico culturais, mas deve ter um olhar antropológico, de hábitos, costumes e tradições. “O MinC ampliou e estruturou suas ações, passou a reconhecer a cultura em seus territórios”. Ela afirmou que, o que a comunidade artística quer posicionar, é que a Cultura não pode ser entendida como um elemento figurativo. “A Cultura tem um Plano Nacional, um Conselho Nacional e tudo isso amparado constitucionalmente e isso não se pode questionar. Assim como a saúde e a educação, a cultura é um direito constitucional do cidadão”, disse.
A secretária ainda destacou que o repúdio da comunidade artística e dos trabalhadores da cultura em Toledo refutou o argumento que a extinção do MinC irá trazer economia à União, já que o Ministério representa menos de 0,5% do orçamento. “Além disso, é importante dizer que existem estudos que mostram que a economia da cultura movimenta 2,88% do PIB nacional e que a indústria da cultura emprega sete vezes mais que a indústria automobilística”, comentou.
O momento contou com a presença de representantes de diversas entidades e segmentos, que também assinaram a Carta Aberta em defesa do Ministério da Cultura, como a Flach Cia de Dança, Tolebreaker’z, Graffit, Secretaria da Comunicação de Toledo, Abadá Capoeira, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subseção Toledo, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Faculdade Sul Brasil (Fasul), Museu Histórico Willy Barth, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Frente Brasil Popular, Conselho da Mulher de Toledo, Conselho Municipal de Política Cultural de Toledo, Sindicato dos Servidores Públicos de Toledo (Sertoledo), PREMEN, Clube da Poesia de Toledo, Academia de Letras de Toledo, Galeria AK, Jornal Gazeta de Toledo, CEU das Artes de Toledo, AFOCATO, Secretaria de Cultura de Toledo, Coletivo Primavera, Pontifícia Universidade Católica (PUC) campus Toledo, Grupo Put’s de Teatro, Casa de Notícias e Colégio Vicentino Imaculado Coração de Maria Toledo.