11 de Novembro de 2016 at 17:52h

CREA-PR confirma adesão à Carta do Oeste Paranaense Contra o Fracking

Mais uma entidade confirmou sua adesão à Carta do Oeste Paranaense Contra o Fracking em Nossas Terras. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) soma forças as mais de trinta entidades em nível regional, estadual e nacional ao ingressar na luta contra o processo para extração de gás de xisto por meio do fraturamento hidráulico.

Representantes do CREA-PR, entre eles o presidente Joel Krüger, e da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Toledo (AEAT), participaram do encontro. Segundo Krüger, a discussão sobre o fracking não é algo isolado, pois afeta toda a população. “Os danos ambientais e a possibilidade deste tipo de exploração prejudicar nossa água e a fertilidade do solo é imensa”. Krüger disse ainda que a decisão pela adesão foi tomada por meio do colegiado do CREA-PR a partir de uma iniciativa da AEAT em discutir a questão. “Os conselheiros se sensibilizaram e decidiram somar-se ao esforço dos municípios do oeste paranaense buscando evitar esta operação na região”.

Segundo o prefeito Beto Lunitti, a situação é grave e o município, deste o início da discussão, ainda em 2013, se posicionou contrário em relação à exploração. “Quando recebemos aqui uma entidade tão respeita, como o CREA, afirmando entender o malefício que o fracking pode trazer a nossa região, corrobora com nossa posição adotada a partir do momento em que tomamos conhecimento sobre o que era o fraturamento hidráulico”. Beto ainda agradeceu a todos os representantes das entidades presentes pelo apoio.

Carta do Oeste Paranaense Contra o Fracking em Nossas Terras

O documento explica que o fracking poderá colocar em risco três bens essenciais. Primeiro a saúde humana; há estudos que apontam que os produtos químicos utilizados no fraturamento hidráulico são tóxicos e até cancerígenos e podem colocar em risco a vida humana. Em segundo lugar põe em risco a água. “Estamos sobre o Aquífero Guarani, que se estende por oito estados do Brasil e mais Argentina, Paraguai e Uruguai. Uma contaminação causaria problemas de grande magnitude”, explanou o auditor fiscal e responsável pela elaboração da Carta, Renato Augusto Eidt.

Em terceiro lugar foi pontuado o prejuízo que o fracking pode causar ao agronegócio. O Paraná ocupa 2,3% do território brasileiro e produz quase 20% dos grãos do Brasil, “Além disso, 46% do agronegócio paranaense vem da pecuária. Uma contaminação pode causar prejuízos para as exportações e à economia regional e até do país. Nenhuma pessoa de bom senso vai querer colocar isso em risco”, ressaltou Renato.

Mais detalhes sobre a Carta do Oeste Paranaense Contra o Fracking em Nossas Terras podem ser acessados no link //www.toledo.pr.gov.br/portal/carta-do-oeste-paranaense.