Lideranças políticas, empresariais, religiosas e comunitárias de toda a região estão unidas pelo objetivo de impedir a instalação de uma praça de pedágio na BR 467 entre Toledo e Cascavel prevista no projeto de concessões de rodovias no Paraná que está aos cuidados da União. A causa acaba de receber o apoio do deputado federal Rubens Bueno, que enviou requerimento ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para revisar pontos deste plano, que ampliará de 27 para 42 os pontos de cobrança em todo o estado.
O deputado ressalta que a nova praça vai prejudicar a economia da região e a população em geral. "A região Oeste do Paraná, onde estão situadas as cidades de Toledo e Cascavel, possui uma economia baseada na força do agronegócio, com a presença em seu território de dezenas de cooperativas que se utilizam de rodovias para o transporte e escoamento de seus produtos. Além disso, a implementação das novas praças irá aumentar os custos de produção das indústrias instaladas na região, tornando o preço dos seus produtos menos competitivos no mercado nacional e internacional", aponta Rubens Bueno no documento endereçado ao ministro.
O parlamentar, que se junta aos colegas Sérgio Souza e José Carlos Schiavinato no apoio às comunidades toledana e cascavelense, ressalta que tal cobrança prejudicará milhares de estudantes que se deslocam diariamente entre os polos universitários das duas cidades. "Esse pedágio será mais um peso no bolso desses jovens, que já se desdobram para garantir recursos e manter seus estudos", acrescenta. “As concessões têm o propósito de melhorar a qualidade das rodovias paranaenses. No entanto, é preciso cautela na escolha do local para a implantação de novas praças de pedágio, com o intuito de não prejudicar a economia dos municípios adjacentes e os moradores da região", defende.
O prefeito em exercício de Toledo, Ademar Dorfschmidt, agradece o apoio de Rubens Bueno e espera que os argumentos sensibilizem o ministro sobre as dificuldades que a cobrança de pedágio na BR 467 trará para a economia e a população locais. “Todas as lideranças do Oeste do Paraná são contrárias à implementação de mais praças em nossa região. Parabenizamos a iniciativa deste e dos demais deputados que estão conosco, pois representam legitimamente os nossos interesses. Não é de pedágio que precisamos, ainda mais neste momento em que a economia do país passa por dificuldade”, destaca.
Ademar ainda vê a questão ainda envolta por incertezas em razão do calendário eleitoral. “Estamos nos aproximando das eleições de 2022. Se o governo federal e o governo estadual permitirem que se coloquem mais pedágios no Paraná, cobrando os mais altos valores do Brasil e do mundo, estarão fazendo um desfavor à comunidade, que lembrará disso na hora de depositar seu voto. Recomendo que pensem melhor sobre isso, pois nossas empresas e nossos trabalhadores já são muito onerados com uma altíssima carga tributária”, alerta.