Integrantes da diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais participaram nesta segunda-feira, 16, de uma reunião com o vice-prefeito João Batista Tita Furlan e vários secretários para expor as principais reivindicações da categoria, que tem a sua data base em março. Conforme a secretária geral, Marlene da Silva, uma das principais preocupações, em função do prazo, é a definição do vale alimentação. Os líderes sindicais estão solicitando que o vale seja repassado sem restrição e reajustado de R$ 300 para R$ 450,00. Como para o pagamento é necessário encaminhar um processo licitatório, os sindicalistas estão pedindo que o valor seja definido o quanto antes.
Os sindicalistas também destacaram outros pontos da pauta de reivindicações, que deverá posteriormente ser discutida com a administração municipal, e manifestaram a preocupação de que sejam estudadas alternativas para um controle mais rigoroso e efetivo na admissão de novos funcionários no quadro de servidores. Eles sugeriram o modelo de Umuarama, que é referência no estado, para testes de admissão dos novos servidores. Eles também sugeriram um maior controle na emissão de atestados médicos, distribuição de Funções Gratificadas dentro de critérios técnicos, entre outras questões.
A secretária geral da entidade observou também a necessidade de rever a compensação de horas extras, que da forma como vinha sendo feita se tornou inviável para o município em algumas situações. Segundo ela, houve um descumprimento dos acordos, o que pode trazer sérios prejuízos ao município. Ela lembrou também a necessidade da compensação dentro do exercício, o que não vinha sendo feito. Segundo o vice-prefeito Tita, a situação está sendo apurada detalhadamente. Segundo ele, a compensação não foi feita dentro do exercício anual e foram encontrados funcionários com até quatro férias vencidas e em torno de 1.400 horas para compensação. “Tem funcionário que precisaria ficar um ano sem trabalhar para compensar todas as horas extras executadas. Isso é absolutamente inviável”, comentou Tita.
Conforme o vice-prefeito, a administração municipal está muito preocupada com os números que estão sendo levantados, que indicam uma situação muito mais difícil do que a vista durante o período de transição. Os gastos com a folha de pagamento estão em quase 54 por cento, no limite prudencial, e por conta disso estão sendo adotadas diversas medidas. Secretários estão acumulando pastas e algumas secretarias deverão ser extintas. Além disso, alguns funcionários foram designados, mas não nomeados para os cargos, e cortadas todas as horas extras. Novas medidas deverão ser anunciadas nos próximos dias para adequar a situação.
Ele destacou, no entanto, que a administração municipal está aberta a negociação com a categoria, e que pretende conceder as reposições previstas e necessárias, dentro do que for possível no limite das receitas e conforme a legislação permite. Ele enfatizou também a necessidade e a disposição da administração municipal de manter um diálogo permanente com o sindicato, entidade legítima, que representa os servidores públicos municipais.