A educação alimentar é algo que deve ser amplamente debatido no ambiente escolar, porque a formação educacional das crianças tem sua base fundamental nesse período de aprendizagem. Sem contar os casos de intolerância e alergias alimentares estão sofrendo um aumento. Às vezes algumas crianças apresentam alguns sintomas e quando analisados, se percebe que é relacionado à alimentação.
Com esse intuito a Secretaria de Educação, em conjunto com a Secretaria de Saúde, realizou nesta terça-feira (06), uma formação com as merendeiras e cozinheiras das escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis). O encontro aconteceu na Escola de Governo e reuniu aproximadamente 60 servidoras municipais.
Entre os temas debatidos estão a importância do aleitamento materno, introdução alimentar sobre o que é recomendado e contra indicado, engenharia alimentar e os alimentos mais comuns que causam intolerância e alergia.
“O objetivo desse encontro foi discutir as necessidades alimentares especiais. Devido a preocupação com a alimentação escolar, de se buscar uma alimentação cada vez mais equilibrada que forme as crianças para hábitos saudáveis”, comenta a secretária de Educação, Janice Salvador. “A alimentação hoje é uma das questões mais sérias, porque estamos em uma sociedade extremamente consumista que é permeada pela publicidade o tempo todo. É trabalhado o consumo daquilo que nos parece mais gostoso, mais bonito, mais rápido de preparar e isso afasta de uma alimentação saudável”, salienta Janice.
De acordo com a secretária isso acarreta uma série de problemas como a obesidade, hipertensão e outras doenças. “Se desenvolvermos nos nossos pequenininhos, desde o cmei, esse paladar voltado ao que é mais saudável certamente, no futuro, eles apresentarão menos problemas de saúde”.
A nutricionista da Secretaria de Saúde, Jucelaine Dall’ Agnol, explica que hoje em dia se confunde muito a alergia com intolerância. “São dois casos extremamente diferentes que causam confusão e é importante abordar esse tema com as merendeiras e cozinheiras para apresentar as diferenças, além dos cuidados que devemos ter com as crianças diabéticas”, comenta.
Jucelaine reforça que é fundamental essa formação tendo em vista que as crianças passam a maior, se não boa parte do tempo, nos Cmeis e nas Escolas. “Precisamos individualizar o atendimento, mesmo sendo coletivo, até pelo fato de existirem crianças com necessidades especiais”, informa.
“Essa formação alimentar e essencial porque só assim vamos ter chances de criar adultos com hábitos saudáveis, em razão de várias pessoas estarem lutando contra a obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas que tem fundo nutricional, sendo na infância o momento certo de ensinar o hábito alimentar correto”, finaliza.
Texto: Núbia Hauer