A empresa Suprema Sistemas Viários de Toledo, fornecedora do radar que detectou em Toledo, no dia 2 de agosto, um veículo transitando na Cirne Lima a 396 quilômetros por hora, respondeu nesta segunda-feira, 28, ao questionamento feito em ofício pela Secretaria de Segurança e Trânsito. Segundo o documento, “acredita-se ter havido algum tipo de interferência externa no momento da leitura da velocidade do veículo e que gerou o registro ilógico, pois em todo o histórico de fornecimentos da Suprema a clientes jamais se verificou algum fato semelhante”.
Ela informou ainda que os equipamentos fornecidos pela Suprema a outros clientes são iguais aos entregues à prefeitura de Toledo, estando igualmente homologados no Inmetro e que a homologação neste órgão, envolvendo o modelo SF 002, como os de Toledo, encontram-se em vigência. O fato, cita a empresa, “deve ser tratado como caso único, atípico e sem precedente algum, o que não deva comprometer nenhum outro equipamento”.
A empresa aproveitou também a oportunidade para reforçar que é fornecedora dos equipamentos de fiscalização de velocidade do município de Toledo desde 2011 e sempre esteve à disposição para sanar quaisquer dúvidas ou dar orientações necessárias ao bom e correto funcionamento destes equipamentos.
Segundo o secretário de Segurança e Trânsito, João Vianey Crespão, o equipamento deverá ser agora encaminhado à empresa para novos testes. A fiscalização dos radares fixos em Toledo foi suspensa deste a constatação do fato, na sexta-feira, 25. Foi suspensa a fiscalização no radar fixo da Cirne Lima, onde foi registrado o problema, como também nos três outros radares existentes no município (Attílio Fontana, José João Muraro e Avenida Maripá.) e igualmente fornecidos para a mesma empresa.
Agora, antes da retomada do funcionamento, deverá ser feita uma nova inspeção do Inmetro, já solicitada pelo município. Deverão ser auferidos os radares da Avenida Cirme Lima, Senador Atílio Fontana e José João Muraro, cuja validade vencia em sete de setembro. Na Avenida Maripá, a aferição pelo Inmetro foi feita em maio deste ano, com prazo de validade de um ano.
Conforme Crespão, o caso isolado não interfere na credibilidade do sistema, podendo ocorrer, como ocorre com qualquer outro tipo de equipamento eletrônico. O acompanhamento é feito regularmente e nos períodos não foi detectada nenhuma anormalidade, com exceção deste fato isolado que agora está sendo investigado.
Texto: Eliane Cargnelutti Torres