Os gastos com pessoal, uma das principais preocupações da atual administração no início deste governo, em janeiro deste ano, já deu um pequeno alívio. Em quatro meses de governo, os gastos em folha de pagamento caíram cerca de 1,5 por cento, passando de 53,45 para 51,99. O anúncio foi feito pelo prefeito Lucio de Marchi, durante a audiência púbica para a prestação de contas do quadrimestre, realizada nesta quinta-feira, às 14h, na Câmara de Vereadores à Comissão de Orçamento e Finanças. Mesmo com a redução do índice, a questão ainda preocupa a administração municipal, que fica impedida de fazer novas contratações até que este índice esteja abaixo de 51,30 por cento, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Conseguimos reduzir este índice que estava na iminência de sanções mais séries, como a suspensão de repasses de recursos, mas ainda estamos impedidos de fazer novas contratações. Podemos apenas substituir vagas abertas com aposentadoria, morte ou demissão somente nas áreas da saúde, educação e segurança”, explicou o prefeito. Para a redução do índice foram adotadas medidas de austeridade, como a proibição de horas extras e funções gratificadas, acúmulo de secretarias, não pagamento de férias indenizatórias, entre outras medidas. Com estas medidas que deverão ser adotadas e com a expectativa de crescimento da arrecadação, o município espera regularizar nos próximos meses os gastos com pessoal, o que permitira a contratação de novos funcionários, atendendo a necessidade hoje existente. Mesmo com o limite de gastos, reforçou Lucio, a administração concedeu a reposição salarial da categoria, correspondente a 5,43 por cento.
Na audiência, o prefeito também destacou os investimentos que estão sendo feitos, entre eles a reabertura da Unidade de Pronto Atendimento Jorge Nunes, o antigo mini-hospital, que era uma reivindicação dos moradores, especialmente daquela região. A reabertura desta estrutura reduziu em 10 por cento o número de consultas na Unidade de Pronto Atendimento da Vila Becker e o número de óbitos, que caiu em 25 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. “Mesmo com a escassez de recursos e dificuldade de pessoal, conseguimos abrir mais este atendimento e melhorar a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população”, explicou o prefeito.
Ele salientou outros investimentos que estão previstos junto ao Pronto Atendimento da Vila Pioneiro, que deverão transformar a região em um grande complexo de saúde pública. As obras para a construção da Central de Especialidades Médicas, Saúde do Trabalhador e Farmácia, já iniciaram. Ela vai funcionar na antiga unidade básica de saúde, que será reformada e ampliada. O bairro vai ganhar um novo espaço para a UBS e será construído um Centro de Fisioterapia, Reabilitação e Práticas Complementares, junto ao ginásio de esportes Euzébio Garcia.
Paralelamente o município está se empenhando para finalizar as obras e concluir a compra dos equipamentos para colocar em funcionamento o Hospital Regional. Conforme o prefeito de Toledo, as obras físicas estão sendo finalizadas e também estão em andamento os processos licitatórios para a compra dos equipamentos. “É preciso deixar claro à população que as obras do Hospital Regional ainda não foram finalizadas. Não foram liberados os alvarás dos Bombeiros, da Copel e da Sanepar. Além disso, faltam adequar 33 itens definidos pela Vigilância Sanitária, para os quais estão sendo elaborados os projetos visando a adequação e encaminhados as licitações para a compra de novos equipamentos”, complementou o secretário municipal de Saúde, Thiago Stefanello. Paralelamente, o município trabalha com a possibilidade da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares ( Ebeserh) ou o estado assumirem a administração do Hospital Regional.
Na área rural, Lucio destacou os investimentos feitos na recuperação de estradas rurais e também na assinatura de novos contratos para pavimentação em parceria. Foram recuperados cerca de 30 quilômetros e assinados nos quatro primeiros meses contratos para execução em parceria com os produtores de mais 19 quilômetros de estradas rurais, dando ao homem do campo melhores condições de vida e de transporte da produção e insumos.
Do Orçamento do Povo, informou o prefeito, foram aplicados R$ 2,7 milhões, do total de R$ 5,8 milhões para compra de materiais e equipamentos definidos pelas comunidades.
Texto: Eliane Cargnelutti Torres