Em execução há mais de 20 anos, o projeto de Ginástica Rítmica realizado em Toledo é referência não apenas no Brasil, mas no mundo. Tanto que várias atletas de outros países passam um tempo no município em intercâmbios, para treinar e se aperfeiçoar no esporte. Atualmente, além das brasileiras toledanas, oito ginastas estrangeiros frequentam os tablados do Centro Olímpico Arnoldo Bohen, onde são realizados os treinamentos pela Secretaria de Esportes e Lazer (SMEL).
Na tarde da quarta-feira (14), as cinco ginastas bolivianas, duas indonésias uma de Cabo Verde, além do conjunto toledano juvenil, fizeram apresentações demonstrativas. Segundo coordenadora técnica da equipe de rendimento e professora da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SMEL), Anita Kliemann, os intercâmbios das atletas é realizado em busca de melhorar a qualidade e desempenho em suas atuações no esporte. “Hoje temos aqui a ginasta de Cabo Verde, que irá representar seu país nos Jogos Olímpicos”.
A atleta olímpica cabo-verdense Eliane Boal, veio à Toledo acompanhada da técnica Elena Atmacheva. O treinamento intensificado nas vésperas dos jogos, segundo Elena, é para melhorar as apresentações e resultados pessoais da atleta. “Conhecíamos a Anita e sabemos que é uma excelente profissional e por isso pedimos ajuda a ela na preparação da Eliane para os Jogos Olímpicos”. A treinadora também destacou a qualidade do trabalho desenvolvido em Toledo. “Aqui é um lugar maravilhoso, tranquilo, onde as crianças podem receber todo o apoio necessário, falando em técnica, balé, fisioterapia, alimentação, amizade. Tudo é maravilhoso. E por isso chegamos aqui. Queremos trabalhar juntos para também ter boas experiências, ela como ginasta e eu como treinadora”, disse.
Já as atletas bolivianas estão em Toledo acompanhadas de suas mães. O trabalho de intercâmbio acontece há alguns meses e tem o mesmo objetivo de qualificar o desempenho das ginastas. “Eu trago a Rafaela para cá, há bastante tempo, porque ela aqui ela tem um trabalho corporal de exercícios, preparação física, balé, que ajudam ela na ginástica desenvolvida”, afirmou a mãe Cláudia Rocca.
A qualidade do trabalho de Toledo também foi destacada na fala da mãe Selva Letelier, mãe da ginasta Maria Victoria. “Esse é um clube muito importante de referência em nível mundial, com ginastas bem reconhecidas. Então gosto de trazer minha filha para que ela tenha o complemento do seu treinamento na Bolívia, pois aqui há excelentes profissionais técnicos e infraestrutura”, disse. A afirmação da mãe Verônica Ruilowa, que acompanha sua filha Danila, também foi referente a qualidade da GR Toledana. “Ela necessita complementar para melhorar seu físico, seu balé, mais técnica e acreditamos que esse clube reúne todas as condições e é por isso que trazemos elas pra cá e certamente voltaremos. Estamos muito satisfeitas”, concluiu.
Toledo nas olimpíadas
Recentemente foi divulgada a convocação da atleta toledana Morgana Gmach, que irá compor a seleção brasileira de conjunto de ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos de 2016. “Ela é a segunda ginasta tolenada a participar dos jogos olímpicos e isso é bastante significativo para uma cidade do tamanho de Toledo. Ela começou a treinar os três anos, passou por inúmeras seletivas para participar da equipe olímpica e agora ela está lá”, comentou a técnica toledana, Anita Kliemann. Além disso, outros nomes toledanos destacam-se no esporte, com representações em grandes competições.
“Isso mostra como o trabalho é forte, a qualidade do trabalho da SMEL e dos patrocinadores. São ginastas que nasceram em Toledo, são filhas de cidadãos toledanos, pessoas que nasceram e residem aqui e devem ser um orgulho para o município”, comentou Anita.
O projeto de Ginástica Rítmica de Toledo, com 26 anos de atuação no município, é realizado pela Secretaria de Esportes e Lazer (SMEL), patrocinado pela Sadia e conta com as parcerias do Serviço Social da Indústria (SESI) pelo Projeto Atleta do Futuro. Além disso, conta com o apoio da Unimed Costa Oeste e com o copatrocínio de O Boticário, Sanepar e Prati Donaduzzi, através de recursos obtidos pela da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte/Governo Federal. “Pra mim é muito importante o apoio de todos os patrocinadores. Graças a essas entidades, nós temos a segunda ginasta nos jogos olímpicos, ginastas campeãs pan-americanas, que treinaram nesse tapete, convivendo dia-a-dia e aguentando todos os desafios”, afirmou Anita.