07 de Março de 2017 at 09:39h

Lideranças entregam pedido para revisão de projeto da APAC em Toledo

Representantes dos moradores do Jardim Anápolis, Vila Industrial e Jardim Gisela estiveram na segunda-feira, 6, pela manhã, com o prefeito Lucio de Marchi a quem entregaram um documento solicitando a desistência da construção da sede da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) no bairro. As lideranças alegam que os moradores não são contra o projeto, mas não querem a sua execução no bairro Anápolis por temer pela segurança dos moradores e a desvalorização dos imóveis. A APAC é um modelo de atendimento humanizado, que busca a ressocialização e o convívio em sociedade dos recuperandos. Também participaram da reunião o chefe de Gabinete e secretário da Fazenda, Alceu Dal Bosco, e o vereador Neudi Mosconi.

Ao defender o projeto mais uma vez, pela sua importância na ressocialização dos presos e a volta ao convívio em sociedade, o prefeito Lucio de Marchi lembrou outras batalhas que enfrentou ainda quando vereador. Segundo ele, inicialmente a população era contra os projetos, mas depois percebeu que eles não traziam qualquer prejuízo aos moradores. Conforme ele isso ocorreu em relação ao projeto para a implantação do aterro municipal, na saída para Ouro Verde do Oeste, a construção do cemitério municipal Jardim da Saudade, no Santa Clara IV, entre outros projetos.

Ele voltou a frisar que a APAC vai abrigar recuperandos, selecionados criteriosamente para o programa. A APAC, destacou o prefeito, não é um presídio, mas uma unidade de ressocialização, que vai abrigar apenas selecionados pelo Judiciário e dispostos a mudar sua condição de vida. A unidade atenderá no máximo 40 pessoas, todos de Toledo.  No local trabalharão servidores contratados, voluntários e recuperandos.

O chefe de gabinete lembrou às lideranças a existência de 280 pessoas superlotando a cadeia de Toledo, no centro da cidade, e que a APAC é uma proposta discutida e sugerida pela sociedade como uma alternativa para a ressocialização dos presos. “Se conseguirmos reconduzir ao convívio em sociedade metade dos detentos que forem encaminhados à APAC teremos 20 criminosos a menos nas ruas, o que e muito positivo. Presídio, cadeia, não ressocializam ninguém”, frisou ele, apontando que a própria sociedade indicou o modelo da APAC como uma alternativa de um atendimento mais humanizado e uma segunda chance para aquele que cometeu um crime. Ele defendeu que as pessoas se desarmem dos próprios interesses, para que prevaleça o interesse social para a implementação de algo que vem em prol do bem comum.

O prefeito Lucio destacou que os projetos visando a construção da unidade continuarão a ser discutidos e que ele, conhecedor do projeto, está convencido da sua importância para a sociedade e da fiscalização efetiva para o seu pleno cumprimento, tanto pelo Judiciário, como pelo Legislativo e pelo Executivo.

Ele convidou as lideranças para que se somem à comitiva que deverá ir a Barracão, no sudoeste do estado, para conhecer a unidade que funciona naquele município, o que deverá contribuir para esclarecer dúvidas e desmistificar eventuais pré-conceitos existentes.

 

(Texto: Eliane C. Torres)