Saúde encerra o ano com muito trabalho. Nesta sexta-feira (29) aconteceu um mutirão de atendimento às gestantes de alto risco. Três médicos ginecologistas estiveram mobilizados para o atendimento de 36 gestantes. Elas foram atendidas na Central de Especialidades. A ação faz parte da Rede Mãe Paranaense, que é uma rede de atenção à saúde materna e infantil do qual o município faz parte.
O secretário de Saúde, Thiago Stefanello, informou que na última terça-feira (26) foram atendidas 12 gestantes, totalizando assim 48 atendimentos nesta semana para garantir uma gestação tranquila e saudável às futuras mamães e seus bebês. Com o mutirão, foi zerada a fila de espera para o atendimento de alto risco.
O médico da Secretaria de Saúde, Fernando Pedrotti, disse que esse é um esforço no sentido de evitar o óbito materno e infantil no sentido de procurar fazer com que de fato se confirme a vida. “A gestação é um período onde a gente tem uma vida sendo gestada e se preparando para chegar. É valorizar a vida. Procurar na verdade dar o respeito e consideração que a vida merece”, disse ele em relação a importância do acompanhamento adequado no pré-natal.
“Não podemos dizer que estamos em um local desenvolvido e civilizado se a gente não tratar bem a nossa gestante e a nossa criança. É mais que um dever isso, é uma questão moral, no sentido de tratar bem, receber bem e dar a devida atenção. Fazer aquilo que está ao nosso alcance para que essa vida chegue com saúde e plenitude. É fazer com que nascer em Toledo seja uma coisa formidável, é isso que a gente pensa e é isso que buscamos”, acrescentou.
Zerar a fila
Com os recessos de fim de ano, a Secretaria de Saúde procurou atender em tempo oportuno essas gestantes. Elas estavam na fila aguardando atendimento de alto risco. Porém, o atendimento a gestante é uma ação constante, pois todas são avaliadas nas Unidades Básicas de Saúde sobre o seu risco. As de alto risco são referenciadas, porém continuam sendo atendidas nas unidades. “Nós optamos em fazer a ação para manter a regularidade da atenção e para que não houvesse nenhum prejuízo a elas”, explicou Pedroti.
O agendamento para o mutirão foi realizado através da Central de Especialidades. O secretário autorizou o pagamento extra aos profissionais que se disponibilizaram para esse atendimento. Elas serão acompanhadas durante toda a gestação.
“Ao todo, 49 gestantes estavam na fila de espera. O mutirão foi necessário para que pudéssemos zerar essa fila. Normalmente as consultas são realizadas no Ciscopar, mas em função da falta momentânea de profissionais não havia o atendimento. São poucos profissionais que se dispõem a atender, até mesmo em função do alto risco. Muitas vezes elas precisam de outros profissionais que não só o ginecologista”, explicou a diretora de Atenção Especializada, Larissa Ribeiro.
Gestantes aprovam o mutirão
Ester Cavalheiro de Almeida (23) acompanhada de seu companheiro, Edimar Navarro Antunes (28), foi uma das gestantes atendidas nessa sexta-feira. Ela está de três meses e desde a primeira consulta descobriu que sua gestação era de alto risco. Já fez exames, porém desde novembro aguardava o atendimento especializado. “O mutirão foi ótimo, pois só assim pude fazer a primeira consulta no alto risco”, declarou a gestante.
Assim como Ester, Edinalva Fernandes dos Santos (36) fez sua primeira consulta no atendimento de alto risco. Ela estava acompanhada da filha do meio, Mariana Fernandes dos Santos (11). Gestante do terceiro filho, Ana Clara Fernandes dos Santos, Edinalva já está de cinco meses e descobriu com três meses que precisava ser encaminhada pro Ambulatório de Alto Risco. Também declarou que não teria condições de pagar pelo atendimento particular.
“Achei ótimo o mutirão que foi realizado, estou precisando mesmo, e na UBS nem sempre conseguimos o atendimento que a gente precisa. Já fiz uma consulta pelo endócrino e estou com problema na tireoide. O médico é que vai dizer qual o encaminhamento agora”, salientou a gestante.
Autor: Dielson Kleber Pickler