25 de Setembro de 2017 at 17:17h

Oficina ajuda palhaços a identificar seus talentos

“Não tem como ensinar a ser palhaço. O que podemos ser é uma espécie de guia, estimulando o artista a descobrir o palhaço que tem dentro de si. Fazer com que a sua autenticidade flua e se manifeste de uma forma mais espontânea, algo que é muito libertador”, comentou Silvestre Phillipp, o Palhaço Macaxeira, de Curitiba, que está em Toledo para participar da XI Mostra de Circo e IV Festival de Circo Social. Ele chegou na segunda-feira, 25,  em Toledo e permanece até o final de semana, participando de apresentações e coordenando a oficina de palhaço, que será realizada na quarta-feira, 27, no picadeiro do Circo da Alegria, das 8h30min às 11h30min.

Segundo ele, não existe uma verdade única ou um jeito específico de ser palhaço, mas o instrutor faz com que o palhaço trabalhe em uma vertente única, uma mesma base, fazendo com que ele perceba o potencial que tem dentro de si e como isso pode tornar-se engraçado. Ele comparou a função do instrutor a de um barqueiro. “Existe um mesmo objetivo que é o de atravessar o rio. O barqueiro conhece o rio, as correntezas, os obstáculos e pode orientar para uma passagem mais tanquila, mas cada um terá que encontrar o seu próprio caminho. O artista precisa encontrar o palhaço que tem dentro de si. O que podemos fazer é auxiliar o artista nesta busca, para que ele identifique o seu potencial e consiga levar ao público com mais autenticidade Ele precisa perceber o que tem dentro dele, o que é cômico e pode ser mostrado”.

Ele destacou também a importância da Mostra e do Festival como forma de compartilhar com outras pessoas as atividades que estão sendo feitas, transformando-se em um palco para os alunos e também uma oportunidade de troca de experiências, de novas vivências dos professores. “Existem muitos projetos sociais e  escolas de circo pagas, que não tem a oportunidade de apresentar o seu trabalho, o que é essencial para qualquer artista. Eventos como estes são essenciais para mostrar o que os professores estão ensinando e o que os alunos estão aprendendo, ver o seu e o trabalho e o de outras pessoas, os frutos que estão sendo gerados. O público é o motor da arte”.

 

Programação da Mostra e Festival

Aberta oficialmente na segunda-feira, à noite, a XI Mostra e IV festival de Circo Social continua nesta terça-feira, 26, com oficina e mesas de debates. Das 8h30min às11h e das 13h30min às 16h, no CEU das Artes, será realizada a oficina “uma abordagem pedagógica da manipulação de objetos”, com professor Rodrigo Mallet, doutor em circo pela Unicamp. Das 9 às 12h, no picadeiro do Circo da Alegria, será realizada uma mesa de debates, das 9 às 12h. À tarde, a partir das 13h30min, também no Circo da Alegria, serão realizadas oficinas de acrobacias de solo, pedagogia dos malabares e carteira de monociclo. À noite, às 20h, no Teatro Municipal, o espetáculo Imaginarium, da Troupe Tangará, de Londrina.

A programação continua na quarta, quinta e sexta, com oficinas no picadeiro do Circo da Alegria e apresentações da Mostra de Circo, em dois horários, às 9h e às 14h, no Teatro Municipal. Na quarta, 27, será realizado o show Circo Ático, às 20h, no Teatro Municipal, e show Los Circo Los, às 20h, na escola municipal de São Luiz do Oeste. Na quinta-feira, o Cabaré de Circo, às 20h, no picadeiro do Circo da Alegria, e na sexta, último dia, Aerocircus na Rua, de Londrina, com o circo no ônibus, no Clube Concórdia, em Concórdia do Oeste, o show Varieté, da Trupe Fundacam, de Campo Mourão, às 20h, no Teatro Municipal, e a Noite da Luz e Fogo, às 21h30min, no Parque Ecológico Diva Paim Barth.

 

Texto: Eliane Cargnelutti Torres