28 de Abril de 2016 at 17:04h

Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Toledo é aprovado em audiência pública

Com o envolvimento de 11 secretarias municipais em sua criação, o Plano Municipal de Segurança Alimentar Nutricional foi aprovado por unanimidade em audiência pública realizada na última terça-feira (26). Seguindo as diretrizes do Plano Nacional, o documento contextualiza o que há no município e define ações a serem realizadas para fomentar a política publica de segurança alimentar nutricional. O principal objetivo da elaboração e execução do Plano é incentivar e oferecer uma alimentação saudável, adequada e suficiente para a população como forma de incentivo à saúde preventiva.

A apresentação do Plano na audiência foi feita pela coordenadora técnica da comissão que elaborou o documento, professora de Engenharia Química da Unioeste, Mônica Fiorezzi. Segundo ela, a ação é intersetorial e passa por diversos segmentos e políticas públicas. “O plano engloba muitos setores, tanto a parte de segurança alimentar que é você distribuir para a população o alimento em quantidade e qualidade suficiente nutricionalmente equilibrado, quanto todo o processo de produção, distribuição e inclusive educação alimentar”.

Entre os setores envolvidos, que trabalham em cadeia no município com os objetivos do Plano, está desde a área de produção dos alimentos, incentivada para a agricultura familiar por meio da Secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento, com programas específicos de produção, capacitações, entre outros. “Envolve desde a questão da água utilizada, a agroecologia, a produção de alimentos orgânicos, a geração de renda por meio da comercialização no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e muitos outros. Estas ações também contam com o apoio da Emater”, afirmou Mônica.

Já o preparo e oferecimento de alimentos e refeições são realizados pela central de produção de alimentos (Cozinha Social). “Queremos continuar atuando, cumprindo as metas do Plano, por meio do fornecimento de refeições para a população que necessita e da educação nutricional dos usuários do sistema. Isso engloba a produção de refeições para os Restaurantes Populares, a distribuição para escolas, CMEIs e todos os projetos sociais existentes no município”, afirmou a nutricionista da Cozinha Social, Sofia Perinazzo.

A educação nutricional também é trabalhada nos atendimentos das secretarias de Assistência Social e Proteção à Família e Saúde e nas ações, atividades e projetos de demais secretarias como Esporte e Lazer, Juventude, Política para Mulheres, Cultura, Meio Ambiente, entre outros. “Cada um com seu envolvimento, mas todos com o pensamento de se fornecer um alimento de qualidade e quantidade suficiente e nutricionalmente balanceado, e estimular a educação alimentar”, ressaltou a coordenadora do Plano, Mônica Fiorezzi.

Anualmente o documento passará por avaliações e revisão para verificar se ele está sendo cumprido e se há necessidade de alterações para se adequar conforme a realidade do município. A partir de agora o Plano Municipal de Segurança Alimentar Nutricional será disponibilizado para a população e para as secretarias envolvidas, para a execução das ações. “A população poderá acessar o Plano no site da Prefeitura (www.toledo.pr.gov.br), e ver a ação e qual a secretaria que irá desenvolver, para estar ciente onde ela pode buscar a informação”, disse Mônica.

Alimentação na saúde preventiva

A proposta do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional é que, por meio do oferecimento da educação nutricional e do oferecimento de alimentos em qualidade e qualidade adequados possa proporcionar e incentivar à população toledana a prática da saúde preventiva. “Hoje o que vemos é que quanto mais fácil, melhor, como os fast foods e industrializados. Mas isso, como todos sabem, não é positivo. É importante sensibilizar a sociedade de que é preciso uma produção, um preparo e alimento mais saudável para garantir a própria saúde”, comentou a coordenadora técnica de elaboração do Plano, Mônica Fiorezzi.

Ela destacou que, quando se há uma alimentação adequada, é possível aumentar a imunidade, e eliminar o risco de doenças pelo fortalecimento do corpo através dos nutrientes.  “Da mesma forma, a alimentação adequada pode interferir, tratar e diminuir os problemas de doenças como desnutrição, obesidade, hipertensão, tipos de diabetes, doenças de micro-nutrientes, colesterol, anemias, entre outros”, afirmou.

Toledo como destaque na política de Segurança Alimentar

Mais uma vez, Toledo se destaca por realizar uma ação como a elaboração do Plano, principalmente por envolver tantos segmentos. “Se tornou uma necessidade do município de Toledo criar o Plano, até mesmo para ingressar no Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN)”, afirmou o presidente da comissão de elaboração do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Toledo e diretor da Cozinha Social, Luiz Carlos Bazei.

Segundo ele, Toledo já é referência no Estado por ter criado a primeira Lei do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Municipal, a exemplo do PAA, alavancando o trabalho iniciado com o pequeno produtor familiar. “A elaboração do Plano só veio fortalecer isso ainda mais. A nossa atuação começa na qualidade da água utilizada na produção até o prato usuários que recebem os alimentos e esse grande trabalho atua na saúde preventiva através da alimentação, que alinhado a boas prática, melhoram a qualidade de vida da população”, comentou Bazei.

Lei 2186/2014

Em dezembro de 2014 o prefeito Beto Lunitti sancionou a Lei N° 2186/2014, que cria os componentes do município de Toledo do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e definiu os parâmetros para elaboração e implementação do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional. “A medida está em consonância com a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) de forma que possibilita ao município receber recursos do Governo Estadual e Governo Federal para a execução de programas”, explicou o prefeito Beto Lunitti.

O gestor municipal ainda destacou que a alimentação adequada é um direito primordial do ser humano. “Cabe ao poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para respeitar, proteger, promover e prover o direito humano à alimentação adequada e segurança alimentar e Nutricional de toda a população”, disse Beto.