29 de Setembro de 2017 at 16:09h

Profissionais da 20ª Regional da Saúde participam do último encontro da capacitação sobre o combate ao tabaco

 

Foi realizado nesta sexta-feira (29) o último módulo da capacitação sobre o combate e prevenção ao tabagismo da 20ª Regional de Saúde. Aproximadamente 142 profissionais dos 18 municípios assistidos pela regional participaram da programação.  No tal foram 24 horas de palestras, discussões sobre como abordar esse tema com que sofre desse vicio.

A intenção pós-curso é montar ambulatórios de tratamento ao tabaco e oferecer medicação aos pacientes que possuírem um alto nível de dependência e problemas com a abstinência da nicotina.

Segundo o médico da Estratégia da Saúde da Família, Fernando Pedrotti, essa capacitação foi elaborada com o padrão do Instituto Nacional do Câncer do Ministério de Saúde. “O nosso objetivo é dar aos profissionais capacitadas condições de acolher, fazer a abordagem, a avaliação e propor mudanças no estilo de vida das pessoas que dependentes do tabaco”.

O médico Fernando Pedrotti explica que durante essa sexta-feira foi trabalhada a mais as questões práticas de abordagem. “Debatemos as questões de como funciona a abordagem especifica, como isso dever ser feito com aquelas pessoas que tem um grau de dependência maior e que pressupõe um trabalho em grupo”.  

Fernando salienta que abandonar uma dependência e sempre um grande desafio e às taxas de sucessos são significativas pela magnitude do problema. “Um terço dos dependentes do tabaco conseguem abandonar em um prazo de um ano. Em média as pessoas tentam deixar de fumar 3 a 4 vezes até conseguir sucesso, mas o importante não é só a tentativa, mas o desejo, a busca para se libertar dessa dependência”.  

Pedrotti explica que a dependência está muito além do racional, pois caso uma pessoa tivesse plena consciência que ficaria dependente de qualquer droga entre elas o tabaco não iniciaria o seu uso. “As pessoas não acreditam nisso e exatamente por duvidar disso é feito o experimentos que posteriormente se torna vício, tornando-se um grande desafio largar”.  

Mas o médico reforça que para aqueles que não conseguiram parar na primeira vez, o ideal é continuar tentando. “Os profissionais precisam passar essa confiança e fazer com que as pessoas acreditem nelas porque isso posteriormente irá trazer muitos benefícios não só para si mesma, mas para todos que convivem com ela”. A fumaça que exala de um cigarro contém três vezes mais nicotina do que aquela que o fumante ingere, dez vezes mais monóxilo de carbono que é uma substância responsável por diminui à oxigenação do sangue e 50 vezes mais alcatrão causador do câncer.

Fernanda finaliza, “chegar ao fim desse módulo com um grupo expressivo de profissionais é uma motivação, porque estamos plantando uma semente que temos a esperança que brote e traga bons frutos”.

Os profissionais da saúde participantes são das cidades de Assis Chateaubriand, Guaíra, Marechal Candido Rondon, Maripá, Mercedes, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Pato Bragado, Quatro Pontes, Santa Helena, São Pedro do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo e Tupãssi. Além de profissionais do Centro de Socioeducação (Cense), Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e Academia de Saúde.

 

Texto : Nubia Hauer