A realidade em Toledo é diferente. Nos três primeiros meses do ano a Sala do Empreendedor, na Prefeitura, registrou um total de 251 cadastros de aberturas para novas empresas na cidade. O primeiro trimestre de 2019 totalizou 6174 atendimentos no setor. Os destaques ficam para os segmentos na formalização de Microempresa Individual (MEI) e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica(CNPJ) para empresas no ramo de Construção Civil e Vestuário.
Atualmente Toledo conta com 6.643 CNPJs ativos. De acordo com a Coordenadora da Sala do Empreendedor, Fernanda Moreira, o município têm demonstrado um interesse a mais na forma de extensão de renda. “As pessoas estão buscando uma forma de se sustentar. Sejam através de uma empresa, buscando renda, ou uma renda exclusiva, como também complemento. A facilidade que o MEI oferece, faz com que o empresário venha empreender buscando cada vez mais o mercado empresarial”, explica.
Quem aproveitou para formalizar seu empreendimento é a Ellen Caroline Stein. A empresária abriu um MEI e formalizou sua empresa, que deve inaugurar nos próximos dias. “Já trabalhávamos em casa no ramo de acessórios, devido a demanda da procura do serviço e produtos fomos atrás de um ponto fixo, a fim de, prestar um serviço de qualidade maior aos nossos clientes. Agradecemos ao empenho da Prefeitura por meio da Sala do Empreendedor que nos ajudou e está ajudando nos trâmites necessários na documentação para abrir a empresa de forma correta”, esclarece Ellen.
A Coordenadora Fernanda Moreira, aproveita para salientar que a Microempreendedora Ellen é um exemplo de pessoas que buscam a orientação segura por meio da Sala do Empreendedor. “Vemos uma procura muito grande na formalização das empresas, como no caso da Ellen. A expectativa é que este ano, tendo como exemplo o primeiro trimestre, um aumento gradativo na abertura de MEIs. O município de Toledo tem a característica de inovar”, frisa Fernanda.
Toledo oferece espaço para novos investidores
O economista Jandir Ferrera de Lima explica que Toledo têm tido uma recuperação na economia. Ele salienta que este é um momento gradual. “Em vários setores o município têm tido uma recuperação. Isso é visto na melhora no mercado por que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) tem mostrado números de contratações maiores do que demissões.
Jandir reforça que no caso do microempreendedor individual, atualmente algumas empresas estão usando a “pejotização” do trabalho como uma alternativa.
“Esse é um caminho para que diminua o custo do trabalhador, geralmente quando uma empresa contrata um trabalhador além daqueles descontos tradicionais que são feitos sobre o salário do trabalhador como o INSS e tudo mais, há também um ônus ao trabalhador, tem que recolher o PIS, COFINS, fundo de garantia e assim por diante, então há um custo adicional do trabalhador para a empresa e uma das alternativas é a empresa contratar o MEI, porque o MEI ele vai custar mais barato para as empresas, e a gente percebe que a maioria dos MEI’S é justamente em áreas de prestação de serviço no qual a mais sazonalidade, que o indivíduo é contratado por tempos específicos, e seria o caso da construção civil, você contrata o indivíduo MEI durante uma hora ou outra e depois que ela termina você tem maior facilidade em desligar o indivíduo”, informa
Jandir aproveita para reforçar que o município está na retomada para se tornar um local cada vez maior na referência para se investir.
“O aumento do número de MEIs em Toledo reflete primeiro a retomada lenta e gradual da economia do município, é o pós crise ou seja Toledo está entrando num círculo virtuoso novamente, segundo reflete o empreendedorismo da população, pois é uma população que estava sofrendo com o desemprego e agora busca alternativas enquanto empreendedores, e terceiro reflete uma nova forma de modalidade de contratação que não é ruim por um lado e diminui o custo do trabalhador para as empresas e por outro lado estimula o empreendedorismo individual dos trabalhadores da cidade de Toledo, no seu conjunto reflete na retomada da economia de Toledo”, reforça o Economista.