Começa nesta segunda-feira, 31, o 3º Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa ). Ao todo, 20 por cento dos bairros serão vistoriados para identificar o índice de infestação no município. A informação foi repassada na sexta-feira, 28, durante a reunião ordinária do Comitê de Mobilização contra o Aedes aegypti. Toledo tem cinco casos notificados de dengue e destas, um importado foi confirmado.
O secretário municipal de Saúde, Thiago Stefanello, comenta que apesar dos bons resultados o trabalho não pode parar. “O nosso foco é vistoriar 20 mil imóveis, mas o que dificulta o trabalho dos agentes é o fato das visitas serem em horário comercial, em que a maioria das pessoas está trabalhando”.
“Estamos buscando uma maneira de conscientizar sobre os cuidados com o Aedes aegypti aos trabalhadores através de orientações, cartilhas dentro das empresas. É algo que ainda estamos elaborando para ver como vamos viabilizar esta ação”, comenta.
“Estamos participando de vários eventos para reforçar os cuidados que a população deve ter. Nas escolas, o nosso objetivo é orientar os alunos para que reforcem os cuidados. Eles podem ajudar a cuidar dos quintais da sua casa e chamar a atenção dos adultos para esta responsabilidade”, afirmou.
O coordenador do programa de Combate e Controle de Endemias, Selídio José Schmitt, explica que apesar do período de seca que o município está passando os cuidados não devem ser deixados de lado. “Mesmo com esses dias de seca, que faz com que evapore os possíveis locais de água parada, os ovinhos conseguem sobreviver em torno de 450 dias em um local seco, sendo preciso apenas chover para que dentro de sete a oito dias eles se tornem larvas e depois mosquitos adultos”.
A supervisora das agentes de endemias, Loriane Zanoto, informa que apesar desses bons resultados a situação é preocupante. “Na semana passada os agentes realizam visitas nos bairros São Francisco e Panorama e foi presenciado 18 imóveis com foco. Essa situação é alarmante, porque mesmo com essa seca, alguns cuidados são deixados de lado pela população”.
Muitas vezes, afirma Lorane, os agentes não conseguem fazer as visitas domiciliares para orientar os moradores. No bairro Tocantins, 60 por cento das casas não puderam ser visitadas, pois os moradores não estavam em casa. “É importante que os moradores certifiquem-se do recebimento do aviso e entrem em contato para agendar um horário para a visita”.
Texto: Núbia Hauer