suzi.lira 23 de Setembro de 2019 at 14:22h

Secretaria da Educação promoveu “Dia D” para debater sobre TDAH

A educação ganha reforço e se fortalece, principalmente na rede municipal. Na sexta-feira (20), a Secretaria Municipal da Educação (SMED) em parceria com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), realizou o “Dia D” para discutir o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O evento foi realizado durante a manhã e tarde no auditório da UTFPR campus Toledo, e contou com palestras, debates, apresentação cultural, e depoimentos.

Participaram do evento, professores, psicopedagogos, professores do Atendimento Educacional Especializado, diretores, coordenadores de escolas e CMEIs inclusive um grupo de Educação Especial da cidade de Santa Helena. Ao todo, foram 150 participantes.

“Escolhemos o TDAH porque é uma queixa bastante comum entre os profissionais da educação. O grande propósito hoje é buscar uma integração do diálogo entre pessoas da área acadêmica, pessoas que convivem com indivíduos com o transtorno no ambiente de trabalho, além de pessoas que vivem pessoalmente o TDAH, e contam quais são as necessidades e que recursos elas encontraram para lidar com isso na vida”, explica uma das organizadoras do evento e Coordenadora do Serviço de Psicopedagogia da SMED, Elenice de Souza.

Esta foi a terceira edição do “Dia D”, que começou em 2017 a partir de uma iniciativa da SMED por meio do Núcleo de Estudos e Atendimento à Diversidade e a Inclusão. Na primeira edição foi discutida a Dislexia, um transtorno específico na área da leitura e escrita. Enquanto na segunda edição foi trabalhado o Autismo, que, segundo Elenice, foi por conta de um aumento muito expressivo no número de crianças com o transtorno na rede Municipal de Educação de Toledo.


 

A psicanalista e doutoranda em Filosofia, Miriam Padoim Dalla Rosa foi uma das palestrantes, e ressalta que é fundamental capacitar os professores, para que eles tenham um momento para pensar sobre a prática. “Eles podem parar o trabalho por um dia e repensar a conduta em sala de aula, as estratégias de ensino, como compreender uma criança hiperativa, e refletir o assunto com outros colegas de profissão. É uma grande responsabilidade estar disposto a questionar e mudar o que vem sendo praticado”.

A psicopedagoga da Escola Municipal Egon Werner Bercht, Adriana Malacarne tem 30 anos de experiência profissional como professora, e considera um desafio trabalhar com crianças com TDAH. “Frequentemente nos deparamos com essas crianças na escola, e cada uma tem uma experiência de vida e necessidades diferentes. Nós, profissionais precisamos lidar com essas diferenças, e as conversas e tudo que nos é passado neste evento só tem a contribuir para nossa vivência profissional”.