A Secretaria do Meio Ambiente (SMA) em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Campus Palotina, realizou nesta quarta-feira (28), a captura de animais silvestres. O local da coleta foi no Parque Urbano Genovefa Pizzato. Os trabalhos fazem parte do programa “Estudo Piloto da Situação Sanitária dos Animais Silvestres”.
Às práticas já estão acontecendo há mais de um ano e meio e está em fase final. Ultrapassando a 10ª etapa do programa foram capturados mais de 100 animais silvestres, em que o principal foco é gambás e quatis. O objetivo é a análise da saúde animal no município de Toledo.
Para a bióloga da SMA, Lilian Cardoso, ter um programa desse no município é destacar a importância da Saúde Única - One Health. “Este trabalho inclui a análise da saúde ambiental, não só dos animais, mas também a saúde das pessoas. Pois, para que tenhamos uma saúde humana de qualidade, é imprescindível que o meio ambiente esteja saudável. Investigamos as zoonoses, que são as doenças animais que podem ser transmitidas para os seres humanos. Parques, florestas e matas, são analisadas minuciosamente em Toledo”, destaca Lilian.
Segundo o professor do curso de Medicina Veterinária da UFPR, campus Palotina, Anderson Luiz de Carvalho, Toledo está em um momento muito bom na questão de saúde de animais silvestres. “A coleta foi muito boa. Temos realizado essa captura do animais e implantando microchips para identificar quem foi coletado até o momento. Nos animais encontrados no Parque Genovefa foram pegos animais que não estavam identificados, mas mesmo assim, foi constatado que nenhum contém qualquer tipo de doença. Vale lembrar que os animais capturados até o momento, em regiões urbanas de Toledo, apenas um animal foi encontrado carrapato. O que caracteriza que a saúde ambiental dos parques e regiões de mata de Toledo está em condições muito boas”, informou Anderson.
Observação que deve ser feita. Os animais encontrados passam por uma pequena avaliação e recebem anestesia, tem piolhos e carrapatos retirados e recebem um microchip para continuarem sendo monitorados no meio ambiente. Nenhum animal é ferido ou maltratado durante as atividades. Os dados coletados são feitos por meio de coleta de sangue de cada animal.