13 de Julho de 2016 at 16:30h

Seminário Regional de Enfrentamento à Violência reúne centenas de pessoas no Teatro Municipal

Esta quarta-feira (13) foi dia de colocar em debate um assunto muito importante: a violência contra o ser humano. O Seminário Regional de Enfrentamento à Violência foi organizado pelas Secretarias Municipais de Saúde e de Política para Mulheres, pela 20ª Regional de Saúde e pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Ciscopar). O evento que reuniu cerca de 500 pessoas no Teatro Municipal de Toledo.

O Seminário contou com a participação de profissionais das áreas de saúde, educação, assistência social, de ONG’s, das escolas estaduais da região, adolescentes dos grêmios estudantis, entre outros. Segundo a assistente social da 20ª Regional de Saúde e integrante da comissão organizadora do evento, Melânia Marin, pela importância do tema, foi decidido fazer um evento regional, alcançando os 18 municípios de abrangência da 20ª Regional de Saúde.

“O principal motivo de fazermos um evento tão grande e para proporcionar essa discussão. A violência fere a dignidade humana, independente se esse ser humano é criança, mulher,  idoso, pessoa com deficiência, negro. Não importa, ele é humano e a violência fere sua dignidade”, comentou.

O dia contou com quatro mesas de trabalho diferentes para tratar dos assuntos abordados no encontro. Na parte da manhã foram trabalhados os temas ‘Violência contra a mulher’ e ‘Violência contra a criança, adolescente e a juventude’. Já na parte da tarde os trabalhos envolveram a ‘Violência contra o Idoso’ e ‘Violência contra as expressões da diversidade’. “Esse último discutiu a violência contra os indígenas, contra os negros, contra a população LGBT, portadora de alguma deficiência, entre outros”, comentou.

Entre as participações das discussões esteve o psicólogo e gerente do Serviço Integrado de Saúde Mental (SIM-PR) do CISCOPAR, Tiago Murilo Correa Neves. Em sua colocação ele afirmou que os debates sobre estas questões geralmente atropelam o real sentido do que é a violência, sendo preciso observar com atenção onde isso acontece e quem são os envolvidos. “Nosso intuito é provocar esse espaço de debate e o entendimento do que podemos fazer para tentar diminuir essas situações e disso realizar o enfrentamento a partir de ideias e propostas, promover a política pública e a mudança social de pensamento e comportamento”, explanou.

Melânia Marin disse ainda que a ideia é que o evento seja só um pontapé inicial para a implantação de políticas públicas de qualidade que atendam com dignidade as pessoas que sofrem com a violência. “Pretendemos formar uma comissão regional de profissionais e que consigamos ir para todos os municípios para que consigamos fortalecer os serviços e que eles estejam capacitados para atender essas pessoas. Pois quando um serviço não é capacitado, ele revitimiza a pessoa que já é vítima da violência”, disse.