21 de Novembro de 2016 at 17:55h

Tem início oficina sobre a captação de recursos culturais

O primeiro dia da oficina “Introdução à Captação de Recursos” promovido pela Secretaria de Cultura de Toledo foi de turma cheia nessa segunda-feira (21). As 25 vagas disponibilizadas foram todas preenchidas. O destaque ficou por conta da variedade de linguagens culturais dos participantes do curso. Os trabalhos foram conduzidos pela Empreendedora, Produtora e Gestora Cultural Larissa Biasoli, da Sorella Produções Artísticas de São Paulo.

Segundo a secretária de Cultura de Toledo, Rosselane Giordani, essa capacitação qualificará os agentes culturais e trará efeitos a médio e longo prazo em Toledo. “Temos pessoas físicas e jurídicas com interesse em realizar projetos culturais em nossa cidade e região. Como a própria Larissa mencionou na manhã desta segunda, a questão da concentração da informação é um dos motivos da maioria dos projetos se concentrarem na região sudeste do Brasil. Queremos inverter essa lógica e movimentar a economia cultural da região, esse é um dos principais motivos de ofertarmos essa capacitação”, afirmou.

Rosselane complementou dizendo que toda a rede é beneficiada em uma ação como essa. “Esse curso não vai beneficiar apenas produtores e artistas, mas o resultado da ação deles beneficia toda a sociedade. Essa é uma política pública que promove a autonomia dos artistas. Esperamos que esse processo ajude a transformar e melhorar o mercado cultural. A economia da cultura é uma cadeia com uma relação de interdependência, nossa proposta é democratizar as informações para que cada vez mais pessoas estejam qualificadas para apresentar e executar seus projetos”, acrescentou a Secretária.

A ministrante da Oficina, Larissa Biasoli, elogiou a capilaridade da turma. “Fiquei contente, pois têm várias áreas representadas, isso é muito legal. Todos os participantes estão muito atentos, fazendo perguntas e confirmando informações que estavam confusas para depois compartilhar com seus grupos. Tá todo mundo entendendo que existem mitos que precisam ser quebrados sobre as leis de incentivo e captação. Com certeza teremos bons resultados”, avaliou.

Durante a oficina, Larissa informou que em 2006 o Produto Interno Bruto (PIB) gerado pela economia criativa era maior que da indústria automobilística. Além disso, para 2017, o recurso do Ministério da Cultura foi ampliado em 40% em função do retorno da Secretaria de Economia Criativa. Todas as informações reforçam a necessidade de se investir em projetos e produtos culturais.

Até a próxima quinta (24), os participantes vão aprofundar os conhecimentos sobre as principais leis de incentivo, a do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice) e do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), conhecida popularmente como Lei Rouanet.

Conteúdo da oficina

Durante os quatro dias de curso, os participantes terão acesso aos seguintes conteúdos: Breve contexto histórico e político de criação das leis de incentivo; Mecanismos de isenção fiscal – o que é uma lei de incentivo à Cultura; Atores da Captação de Recursos – poder público, proponente, projeto, captador e patrocinador; Como inscrever e escrever um projeto – prazos, sistema de inscrição; Diferenças entre projetos para editais e projetos para leis de incentivo; Noções básicas de Captação de Recursos – percentuais, cotas de patrocínio, contrapartidas e prestação de contas; e Consultoria de projetos presencial – análise de projetos dos participantes para inscrição nas leis.