29 de Março de 2017 at 17:05h

Toledo inicia processo para implantação de Residência Médica em Saúde da Família

Toledo poderá ter a partir do próximo ano uma Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade (Saúde da Família). O primeiro passo foi concretizado nesta terça-feira, 28, com a sanção pelo prefeito Lucio de Marchi da lei número 18/2017, que institui o Programa Municipal de Residência Médica de Toledo na área do Sistema Único da Saúde e cria a Comissão de Residência Médica Municipal (Coreme).

Caberá a esta comissão encaminhar todo o processo visando o reconhecimento da residência junto aos ministérios da Educação, Saúde e demais órgãos exigidos, definição do planejamento de todas as ações durante os dois anos de curso, incluindo atividades práticas e teóricas, seleção dos candidatos, acompanhamento e avaliação das atividades, entre outras questões relacionadas a residência. “Sancionada a lei, agora vamos trabalhar na formação da comissão e depois no encaminhamento do pedido à Comissão Nacional de Residência Médica para a implantação da residência em Toledo”, informou o médico Fernando Pedrotti, da Secretaria Municipal de Saúde, que está acompanhando o processo.

A ideia é encaminhar o pedido ainda no primeiro semestre deste ano. A comissão nacional terá o segundo semestre para avaliação e manifestação. Se aprovada, a residência poderá iniciar as suas atividades até o dia 5 de março de 2018, prazo máximo para início das atividades a cada ano. Segundo Pedrotti, o início das atividades do curso de Medicina em Toledo pela Universidade Federal do Paraná está entre os fatores que favorecem a implantação da residência médica, mas poderão participar profissionais de outras universidades de diferentes partes do país.

Para o médico, a implantação da residência deverá trazer inúmeros benefícios, entre elas a possibilidade de outros profissionais atuarem na área de saúde do município, trazendo novas visões de trabalho pela sua formação e experiências, atração de profissionais para o município e também para atuarem na área de saúde pública, incentivo à melhoria da qualificação profissional e à qualidade dos serviços prestados ao ensinar outros profissionais em formação, intercâmbio de informações com outros profissionais, entre outros. “Certamente o município está dando um grande salto de saúde e isso nos motiva ainda mais e nos enche de orgulho. O município só tem a crescer com esta iniciativa”, frisou Pedrotti.

Os residentes deverão cumprir uma jornada semanal de até 60 horas, que deverá incluir 8 horas diárias de trabalho e estudos, de segunda a sexta-feira, além de plantões de 12 horas nos finais de semana. Cerca de 20 por cento das atividades deverão ser teóricas e o restante práticas, passando em todas as unidades básicas de saúde, programa Estratégia Saúde da Família, Pronto Atendimento, central de especialidades, vigilância em saúde, saúde mental e gestão em saúde na Secretaria Municipal de Saúde. “Queremos que o profissional conheça e atue em todas as áreas, para que tenha uma formação mais completa possível”.

O residente não terá vínculo empregatício com o município, mas poderá receber uma bolsa mensal do Ministério da Educação, hoje no valor de R$ 3,3 mil, e o município também poderá, a seu critério, definir uma bolsa auxílio ao residente para auxiliar nas suas despesas de manutenção, alimentação, moradia e transporte.

Segundo o prefeito Lucio de Marchi a implantação da residência médica na área de Saúde da Família será extremamente importante para Toledo, contribuindo para a formação de novos profissionais, além de atrair novos médicos  para a área de saúde pública, incluindo também a de Toledo. O secretário municipal de Saúde, Thiago Stefanello, considerou o projeto um grande avanço para o município, que contribuirá em muito para a política de saúde, somando muitas experiências e conhecimento para este setor. Ele parabenizou todos os envolvidos no projeto e disse que a sociedade e o município estão ganhando muito com isso. 

 

Texto: Eliane Cargnelutti Torres